MALDITA GUERRA!
Imagine, caríssimo leitor,
No instante de um segundo,
A pomba branca da paz
Viajando ao redor do mundo,
Visitando cada guerra,
Pousando em cada conflito,
Vendo com o coração aflito
O mal semeando a terra.
O que vê tão bondosa ave
No giro em que desespera,
Dá pena às penas que caem
Por cada tiro que berra.
Enquanto do sul ao norte
As sirenes enlouquecidas
Soam os gritos da morte
Em lutas empedernidas.
Dos navios partem mísseis
Com ogivas destrutivas
Que explodem nas cidades
Fogaréus em carnes vivas.
O fogo, o choque, os estilhaços,
As residências destruídas
São sepulcros em pedaços
Do que antes eram vidas.
Os canhões cospem balas
Dos mais diversos calibres,
Dos ventres dos caças saem
Outras bombas mais terríveis,
Que a tudo arrasa ou consomem,
Pouco importa se são crianças
Ou mulheres sem esperanças
De reverem os seus homens.
Tantas mães aterradas
Pelos bombardeios infernais,
Protegem os seus bebês
Com escudos maternais.
Faltam-lhe água e comida,
Sobram tristeza, desolação,
Nos bunkers da escuridão
Em nacos e cacos de vida.
Os que acolhem os refugiados
Abrem suas casas e corações.
Não há limites nem fronteiras
Para tão nobres intervenções.
O pão, o leite, um chocolate,
Um casaco, um banho, um colchão
Não há uma grandeza maior
Do que a que estende a mão.
Quem quer que faça a guerra,
Seja o Tio Sam ou Neo-Czar,
Não merece confiança,
Nada merece governar.
Na guerra só há perdedores,
Só há morte, dor e desilusão
E sentindo no peito estas dores
A pomba da Paz vai ao chão!
Marcos Cavalcanti
Marcos Cavalcanti deve/ receber convocação / Para ir para a Ucrânia / com tão grande inspiração / pra animar os voluntários/ versos extraordinários / à paz alimentarão.
ResponderExcluirParabéns! - Gilberto Cardoso