ECONOMIA
DO CONHECIMENTO
Diogenes da Cunha Lima
No princípio, a terra era a única fonte
de riqueza. Depois, vieram o comércio, a indústria, a informação. Os avanços e
as características, estudados por filósofos, foram impulsionados pela ciência,
arte e tecnologia.
Ao
término de pequeno curso para estrangeiros em Cambridge, EUA, do qual eu
participava, o professor pediu a cada um uma frase definidora dos Estados
Unidos. Disse que era o país da abundância. A partir e em consequência
da abundância do conhecimento. O fato é que lá estão concentradas a maioria
dos Centros de Pesquisa e das universidades como Harvard, Yale, Princeton,
Universidade da Califórnia, Universidade de Boston. Lá funciona também uma
admirável Universidade, que se chama, simplesmente, M.I.T. (Massachusetts Institute
of Technology). E o centro de pesquisa e inovação no chamado Vale do Silício.
No último
milênio, o saber, sua produção e transmissão, tem sido o papel essencial da
Universidade.
O planeta,
hoje, tem riqueza produzida pelo saber e pelo savoir-faire, saber fazer.
O seu aproveitamento é ideal pela administração pública, empresas e comunidades.
Para os indivíduos a educação fornece e estimula habilidades.
Vejamos
o exemplo do tempo terrível que vivemos, a pandemia. As empresas AstraZeneca e
a Pfizer, detentoras do savoir-faire da vacina, estão lucrando bilhões
de dólares. Igualmente, a Pfizer lucrou com a invenção do Viagra.
O agronegócio
brasileiro compete com o primeiro do mundo. O êxito decorre, sobretudo, das
pesquisas e tecnologias desenvolvidas pela Embrapa.
O
conhecimento é, sem dúvida, o principal ativo produtivo que faz mover a
tecnologia, com o aprimoramento e criação de novos produtos. É o mais nobre
catalizador da economia. A informação é dela indissociável, principalmente, através
da rede midiática.
Não é
difícil concluir que a força-motriz do desenvolvimento do Rio Grande do Norte
está nas universidades em colaboração com a administração pública e com as
empresas. Assim, atuam UFRN, UFERSA e UERN. A nossa Universidade Federal tem patenteado
muitas invenções dos seus cientistas e pesquisadores.
Ainda
não foi calculado o impacto positivo em nossa economia obtido pela atuação da
Metrópole Digital, do Instituto do Cérebro e da Funpec.
São
muitas as invenções de interesse industrial. O professor Graco Aurélio Viana
desenvolveu pesquisa sobre microalgas de incalculável valor potencial como o
biocombustível.
Recentemente, o professor Ricardo Pinheiro recebeu
a patente de um equipamento capaz de incrementar e reduzir custos da produção
da energia eólica.
Deve-se
esperar o impulso que poderá ser dado à vocação do Estado, ou seja: turismo, petróleo,
mineração, sal, camarão, fruticultura.
O Rio
Grande do Norte é um pobre Estado rico. É número um do Brasil na produção de
energia eólica. Poderá ser dos primeiros em energia solar, marítima, bioenergia,
além do aproveitamento melhor do petróleo produzido.
Muito
espera a nossa economia do excelente aproveitamento do conhecimento.
Diógenes da Cunha Lima (poeta, prosador e compositor) é advogado e presidente da ANL (Academia Norte-rio-grandense de Letras). Alguns de seus livros: “Câmara Cascudo - Um Brasileiro Feliz”, “Instrumento Dúctil”, “Corpo Breve”, “Os Pássaros da Memória”; “Livro das Respostas” (em face do “Libro de las preguntas”, de Pablo Neruda); “A Memória das Cores”; “Memória das Águas”; “O Magnífico”; “A Avó e o Disco Voador” (infantil).
Foi Presidente da FJA, Secretário de Estado; Consultor Geral do Estado; Reitor da UFRN; Presidente do CRUB. Atualmente, dirige o seu Escritório de Advocacia e preside a ANL (Academia de Letras). Alguns de seus livros: “Câmara Cascudo - Um Brasileiro Feliz”, “Instrumento Dúctil”, “Corpo Breve”, “Os Pássaros da Memória”; “Livro das Respostas” (em face do “Libro de las preguntas”, de Pablo Neruda); “A Memória das Cores”; “Memória das Águas”; “O Magnífico”; “A Avó e o Disco Voador” (infantil).
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