DO
PAPEL PARA O E-INK
Meu vício em leitura (pensei em usar o termo
"paixão", mas é melhor ser verdadeiro) começou na infância, lendo os
heróis da Marvel, o Western Tex (eu era
mesmo americanizado) e a Turma da Mônica, de Maurício de Sousa (eu também era
brasileirizado). No Colegial, passei às grandes obras de notáveis escritores (Machado
de Assis, José de Alencar, Lima Barreto, Eça de Queirós...), embora, à época, eu
não tivesse muita condição de acompanhá-los direito; mas eu tentava!
Eram sempre textos impressos, claro,
pois os livros digitais demorariam ainda algumas décadas para chegar.
Eu gostava de tocar, folhear, dobrar...enfim,
sentir de modo tátil o portador material de cada texto lido. Os livros de capa
dura com bordas desenhadas em arabesco eram “um luxo” (e eram caros!).
Para manter meu
vício, nunca imaginei que um dia trocaria, satisfeito, a tinta de impressão,
física, pelos bits numa tela luminosa, ou, melhor ainda, pelo e-ink (tinta
digital), utilizado no leitor eletrônico de livros (e-reader) que uso
atualmente. Essa mudança foi meu divórcio dos textos impressos, em favor de um
novo romance: os e-books (livros digitais).
Leio e-books de
modo mais ágil e “produtivo” (sem perder cada detalhe do texto) do que lia os
livros em papel. A praticidade ao “folhear” as páginas, a facilidade de
destacar trechos - e fazer anotações - e a rapidez com que acesso o dicionário
(e a própria internet, uma vez que os e-readers têm essa possibilidade) me
permitem usufruir melhor das obras (os amantes dos livros impressos devem estar
torcendo o nariz), levando-me a uma grande e satisfatória fruição literária.
É óbvio que os
livros impressos têm seu valor (e respeito muito as pessoas que os defendem), uma
vez que, desde a criação da tipografia por Johannes Gutemberg (Séc. XV), eles foram
(são) fontes primordiais dos saberes transmitidos às novas gerações. No
entanto, prefiro deixá-los, fisicamente, embelezando as estantes das
bibliotecas públicas e particulares, e carregá-los, digitalmente, no meu
pequeno aparelho de 150 gramas. Gosto não se discute!
Muito bom, amigo Teixeirinha! Seu testemunho a favor do e-book é bem motivador!
ResponderExcluirÓtimo testemunho, grande Teixeirinha!!
ResponderExcluirUm abraço fraterno.
João Maria de Medeiros
Obrigado, Gilberto e João Maria! Elogios vindos de vocês dois só engradecem meu texto e me envaidecem.
ResponderExcluirAbraços!
Excelentes considerações, amigo Teixeirinha. Realmente, muito prático. Sem falar que também é ecológico.
ResponderExcluirPuxa, amigo Marcelo! Realmente deixei de citar este aspecto essencial: o benefício à natureza; afinal, os e-books dispensam a derrubada de árvores. Obrigado por suas palavras e sua consideração!
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