O Homem é um dos seres - ou talvez - o ser mais desprezível entre todos os animais do globo terrestre, pois os outros animais tidos como irracionais têm exatamente essa premissa de serem irracionais para dar validade as suas selvagerias, já o Homem, tido como centro do universo, senhor de si e dominador das espécies inferiores, cheio de “sabedoria e de sentimentos nobres” é por sua vez o maior e mais perverso destruidor do seu planeta, conseqüentemente de tudo que nele há, incluindo a si próprio.
É uma espécie que busca sempre a paz, porém, de uma maneira bem controvertida, com armas e canhões. E o pior, seu inimigo não é nenhuma fera selvagem, seu inimigo é ele mesmo.
O Homem, ou melhor, a raça humana tem suas qualidades, no entanto, ao mesmo tempo em que as tem e as usam, igualmente também tem e usam os seus piores sentimentos, só que com um detalhe, esses quando aparecem, e sempre aparecem, são devastadores. São sentimentos de ganância, talvez esse, dentre toda uma série, seja o que motiva e cria todos os outros, mas os outros também têm sua parcela de culpa. Como por exemplo, a vaidade, a soberba.
A vaidade é um sentimento mesquinho que vale a pena falarmos um pouco. Igualmente a Nietzsche, acredito que o Homem é movido por interesse e que esse interesse só é válido quando se tem um valor, seja ele monetário ou sentimental, que nada mais é de que a própria vaidade. E em nome dessa vaidade a raça Humana se constrói e fundamenta suas ideologias.
Vemos isso no tocante a todas as formas de desigualdade criadas pelo Homem no decorrer da História, com diversas formas e faces, algumas delas mascaradas e disfarçadas por trás de ideologias criadas com esse intuito, como a religião. Esse tipo de ideologia legitima tantas outras formas de desigualdades, como foi o caso da catequização dos nativos brasileiros pelos portugueses, tirando deles, em nome de um deus, sua individualidade e cultura.
A vaidade Humana foi criadora de tudo aquilo que a sua própria espécie mais despreza, como a divisão da sociedade em classes sociais, criando ricos, pobres e miseráveis. Outra criação da vaidade Humana foi a divisão e a conceituação do Homem em raças, tendo como fator principal para sua validade, a cor da pele. Neste ponto vemos o tamanho da mesquinhez Humana, talvez esse seja, em minha opinião, o sentimento mais pobre que esta espécie carrega. Pois, em nome desse conceito de raça o Homem segrega, humilha, aparta seus iguais. Por isso, acredito que tudo que no lugar de tornar os Homens iguais em direitos e deveres, os desiguala, abomino. Termino essa minha conversa, dizendo que - como sou dessa raça também (Humana) – amo Deus (não sei se por medo de ser castigado ao dizer que não acredito ou por ser um simples repetidor de conceitos impregnados em minha formação pela própria família, não me sendo dado a oportunidade de fazer minhas escolhas), porém odeio religião. E se me perguntarem de que raça sou no que diz respeito a cor da pele respondo: de nenhuma! Agora se for um alguém inteligente o bastante para me perguntar minha raça tendo em vista o “uso da razão” aí sim, respondo que sou da raça Humana.
Este texto, principalmente o último parágrafo, me fez lembrar o coro de um grande sucesso do Pe. Zezinho:
ResponderExcluir"Eu sei que da verdade eu não sou dono,
Eu sei que não sei tudo sobre Deus.
Às vezes, quem duvida e faz perguntas,
É muito mais honesto do que eu."
TEXTO RIQUÍSSIMO. PARABÉNS AUTOR!
ResponderExcluirANA
Concordo e lhe parabenizo Alexsandro,pelo inteligível texto.
ResponderExcluirO homem é tão complexo e repleto de características psíquicas diversas e singulares que dificulta sua compreensão enquanto ser.
Freud teorizou o homem universalmente como perverso. Realmente,ele tinha razão!
Esse assunto é riquíssimo e inesgotável para psicologia.
Concordo e lhe parabenizo Alessandro, pelo inteligível texto.
ResponderExcluirO homem é tão complexo e repleto de características psíquicas diversas e singulares que dificulta sua compreensão enquanto ser.
Freud teorizou o homem universalmente como perverso. Realmente tinha razão!
Esse assunto é riquíssimo e inesgotável para psicologia.
REALMENTE TEM GENTE BOA POR AÍ,MAS TB TEM CADA UMA, QUE NÃO VALE O QUE COME. HEHEHE
ResponderExcluirGostei demais do texto. Parabéns pela maravilhosa escrita que percorre as ruindades do ser humano.
ResponderExcluirJoão
Alexsandro.
ResponderExcluirSem palavras para um texto tão profundo, reflexivo e bem escrito como esse...
Parabéns!!!
Alexsandro,
ResponderExcluirSem palavras para um texto tão profundo, reflexivo e bem escrito como esse...
Parabéns!!!
Muito bom! Parabéns e seja bem-vindo ao nosso universo apoesquiano!
ResponderExcluirParabéns Alexsandro pelo excelente texto. Continue nos dando a honra de apreciar outros. Abraço!
ResponderExcluirSensibilidade e coragem pra falar o que pensa de nós humanos, parabens pelo texto alexsandro.
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