Degustando esse café poético
Mais quente do que nunca
Quase queimo a língua
Em versos amolados
E por não ser bilíngue
Afiada dos dois lados
Refreio com cuidado
Para não atingir ninguém
Nessas espalhadas palavras.
A fumaça se esvai
E essa bebida escrita
Obedecida se esfria
Pois lá dentro já não dói
Àquela entrada efervescente
Do que não me pertencia.
E irei bebendo com doçura
Os aprendizados da vida
Tornando-me mais madura.
(Lindonete Câmara)
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