Gilberto:
Dra. Rita, a razão principal de a entrevistarmos tem a ver com o revolucionário
método de alfabetização que possibilita a capacidade de ler após apenas 8 aulas.
Inicialmente, gostaria que nos falasse sobre sua área de formação, crenças,
hobbies, um pouco da vida pessoal e campos de estudo.
Rita Júlio: Inicialmente, parabenizo o interesse demonstrado por
este conceituado canal de comunicação, APOESC, na pessoa do
Sr. Gilberto Cardoso dos Santos, meu entrevistador, por terem me
convidado para esta gratificante entrevista, a qual proporcionará aos
seus leitores a oportunidade de serem informados da existência deste
método revolucionário de alfabetização, o qual desenvolvi com conhecimentos e
experiências adquiridas na prática profissional de Psicóloga, por mais de 18
anos.
Respondendo a sua 1ª. Pergunta,
informo-o que cursei o Magistério no Colégio Notre Dame em São Paulo, Pela
Universidade de Passo Fundo/RS sou Bacharel em Psicologia Clínica,
Organizacional e Escolar, formada também pela UPF em Licenciatura Plena em
Psicologia, Pós Graduada em Terapia Familiar Sistêmica de Milão e Segurança
Social e sou Psicóloga Perita Examinadora do Trânsito. Sou Católica praticante
e Mariana. Meus Hobbies prediletos são pintar quadros de vidro, tocar teclado,
cozinhar e jogar tranca. Gosto muito de estudar as atualidades dos
acontecimentos no âmbito mundial quanto à política e crises por ela acarretada
na sociedade. Leio muito sobre tudo que acresce num ser humano.
Gilberto: Com que idade aprendeu a ler e como isso se deu? Quando
de fato despertou para o prazer da leitura?
Rita Júlio:
Eu fui alfabetizada na fase normal de aprendizado, na época, aos 7 anos de
idade.
Gilberto: Que
tipo de livros e autores prefere? Fale-nos de uma ou mais obras
inesquecíveis. Há alguma de cabeceira?
Rita Júlio: Testemunhos de uma Andarilha de Alcy Irene Alves
Júlio, Todos os do Augusto Cury, em especial O Futuro da Humanidade. Pai pobre,
Pai Rico; Quem mexeu no meu Queijo e Pulmão de Aço da autora Eliana Zagui, são
livros inesquecíveis e que transformam. Agora, para a cabeceira da cama
recomendo a Bíblia.
Gilberto: O alfabetizar, no sentido literal do termo, é um grande
desafio para as escolas em geral, mas principalmente para as da rede pública.
Todavia, Há um outro grave problema relativo aos que conseguem ser
alfabetizados: o analfabetismo funcional. Como você avalia isso? Que
causas e soluções apontaria?
Rita Júlio: As causas são as mesmas existentes entre analfabeto
absoluto e analfabeto funcional, afasto apenas como problema sem solução, os
casos de transtorno neurológico grave. Todos os outros casos a solução está no
método desenvolvido com a técnica que aplico. Entendo que analfabeto funcional é o produto decorrente de uma alfabetização tardia e muitas vezes sofrível a qual retirou do educando o prazer da leitura desde o inicio de seu aprendizado o que não lhe proporcionou o prazer que teria adquirido pela leitura no momento certo oportunizado de ler, interpretar e compreender as pequenas histórias infantis.
Respondendo a segunda parte da pergunta, vejo como solução a fase pré-escolar (4 a 6 anos) que é um período ideal, muito tranquilo para aprender as oito aulas, que são oito etapas, proponho ainda que lhes sejam ensinados, aplicando as seis (06) primeiras etapas no primeiro semestre e as duas últimas (7ª. e 8ª.) etapas no segundo semestre, dedicando-se este período mais a leitura de frases e interpretação de pequenos textos, bem como a iniciando com a leitura de histórias infantis ilustradas, o que facilita muito a memorização e o “conhecimento cognitivo”, e assim, ligação melhor as palavras entre si, como um todo no contexto, o que resulta no entendimento pleno do texto, seja em forma de historinhas ou de mensagens. Portanto É UMA FASE IMPORTANTÍSSIMA para formar uma pessoa com um ótimo raciocínio lógico, pois a lógica é a mãe da sabedoria.
É imprescindível lembrar que a criança quando começa a frequentar o 1º. Ano do ensino fundamental, não aprende somente o português, mas também tem outras disciplinas, como: história, geografia, ciências, matemática (a qual também necessita saber ler para entender as equações propostas), além de inglês como é o caso de algumas instituições educandários e demais disciplinas que variam de acordo com a grade curricular de cada colégio ou rede de ensino. Portanto, TEM QUE INICIAR O ENSINO FUNDAMENTAL JÁ LENDO!
O procedimento metodológico de duas horas cada aula deve ser aplicado apenas nos casos considerados drásticos como adolescentes, jovens, adultos e idosos que já perderam tempo demais da vida para ser liberado do analfabetismo.
Gilberto:
Agora passemos ao seu método. Descreva-o em linhas gerais e diga-nos que
objetivos efetivamente ele atinge.
Rita Julio: Partindo do princípio que pelas Diretrizes da Educação é
considerado alfabetizado quem é apto nos cinco itens abaixo relacionados:
1. Quem conhece todas as letras
do alfabeto
2. Quem conhece todas as sílabas.
3. Quem consegue ler e escrever
palavras soltas
4. Quem consegue ler e escrever
pequenas frases.
5. Quem consegue interpretar pequenas
frases.
ESTES CINCO itens em Oito aulas de
duas horas cada, o aluno consegue aprender! Estes cinco objetivos são
alcançados através do método que desenvolvi. É cediço que é necessário o hábito
da leitura e da escrita para redigir e interpretar "grandes textos" e
isto o aluno só consegue com a prática e o tempo.
Gilberto:
Tente traçar um paralelo entre o seu método e o famoso método Paulo Freire.
Em que convergem e em que diferem?
Rita Júlio: Paulo Freire (75) - (1921-92). Gilberto, O método dele foi criado ou pela primeira
vez aplicado em 1962, quando Paulo Freire era diretor do Departamento de
Extensões Culturais da Universidade do Recife,creio que Freire foi grande contribuinte com sua metodologia,
onde há relatos que conseguiu com seu método ensinar em 45 dias, lecionando no
período de 40 horas, não utilizava cartilha, inclusive criticava o uso
destas; bem como, já naquela época criticava o sistema educacional brasileiro.
Não entendo, o por que do nosso sistema educandário, após ter passado mais de
50 anos, da metodologia criada pelo Sr. Paulo Freire, não ter conseguido
ainda erradicar o analfabetismo. Confesso que não conheço a metodologia que ele
desenvolveu, más com certeza absoluta é diferente da minha, pois uso apostila,
seja física ou virtual.
Talvez, o método dele também seja eficiente e ele tenha
tido o mesmo problema que eu estou tendo para que os “métodos revolucionários”
sejam adotados pelos órgãos competentes e responsáveis pelas diretrizes de
ensino do País.
Ainda, veja a tecnologia como era naquela época e como é
hoje… perceba a ciência como um todo; as descobertas que existem são incríveis
e tudo vem como uma soma do que se tinha na busca da melhor perfeição. Assim
deveria estar acompanhando a educação como no conjunto, deveria estar evoluindo,
aprimorando, melhorando, aperfeiçoando, facilitando, modernizando, usando de
toda esta avançada tecnologia em prol da educação como tão bem se usa no avanço
científico e criações de eletrodomésticos inteligentes por exemplo. Para
entendermos de forma prática, basta esta comparação: Que tipo de tecnologia
existiam na época de Paulo Freire e quais inventos criados nos últimos anos,
mudaram drasticamente, facilitando a vida na era moderna em que vivemos. Ao
contrário disto, o que vemos comprovadamente é que a educação estagnou ou pior,
regrediu, se comparado à qualidade do ensino público de alguns anos atrás com o
atual. O método que desenvolvi é informatizado, dividido em oito módulos, as
aulas serão filmadas e poderão ser acompanhadas por leigos no assunto,
apenas para verificarem a correta aplicação dos sons e escrita dos alunos
no outro lado da tela. Tornando a técnica mais interessante e atrativa
para o educando, além do aluno adulto não sentir-se envergonhado de comentar
para os outros que está frequentando “aula de alfabetização”, ele pode dizer
com mais orgulho, sem estar mentindo, que esta frequentando “aulas de
informática”. Porque ele também aprende noções básicas de informática quando é
alfabetizado com esta ferramenta, mas é
bom deixar bem claro que não é necessário utilizar um computador, ou qualquer
meio informatizado, para aprender pelo método em 08 aulas, pode também utilizar
apostila (o que era contra o Paulo Freire), só que desta forma o material tem
que ser impresso, não podendo ser disponibilizado imediatamente para todo o
Brasil, tem um custo bem mais elevado do que utilizando o sistema
informatizado, além desta forma ser mais prazerosa, atrativa e divertida.
Inclusive já fiz a experiência
pratica de entregar o método para dois sobrinhos meus, o Edélsio Rivelino
Júlio(17) e a Ingrid Júlio(18), o primeiro era estudante no 3º. ano do ensino
médio e a outra, é universitária, na época tinha concluído o 1º. Fase do curso
de Negócios Internacionais; os dois tiveram êxito em alfabetizarem em menos de oito aulas, sendo:
um adolescente de 17 anos, o qual frequentava o 7ª ano do ensino fundamental em
uma escola municipal do RJ e ainda era analfabeto; a outra que foi alfabetizada
se tratava de uma Sra. de 68 anos que frequentava há pelo menos três anos o
curso de alfabetização ministrado no CREJA/RJ - Centro de Referência de
Educação de Jovens e Adultos – da cidade do Rio de Janeiro.
Me permita utilizar um pouco da metodologia de Jesus
Cristo que foi o maior Psicólogo da humanidade e quem eu admiro muito e me
inspiro; Jesus somente ensinou e transmitiu as suas mensagens por meio de
parábolas; como ele vou contar-lhe uma: Meu irmão e patrocinador Edelson Júlio
me criticou uma vez de eu ter que utilizar oito aulas para ensinar a ler, pois
ele lembrou-me e eu sei que é verdade, até já presenciei, que ensina qualquer
pessoa, com condições físicas normais, a andar de bicicleta em 15 minutos e a
nadar em 30 minutos; indagando ele então o porque de eu precisar de 16 horas
para ensinar alguém a ler? Respondi a ele que é para dar tempo de fixar a
memorização em razão de ser muita informação para alfabetizar alguém.
Retruquei-o perguntando: “Como você consegue ensinar em tão pouco tempo? Ele,
simplesmente me respondeu que determinava que seus aprendizes fizessem ao contrário do que os
outros “professores” tentavam ensinar, dizia para os que queriam aprender a
se equilibrar sobre a bicicleta “que virassem o guidão para o lado que esta
fosse cair” e não o inverso, que o inverso era somente para inclinar o corpo.
Já para os futuros nadadores que também: “não tentassem nadar como
cachorrinho”, ou seja, com a cabeça fora d´agua; pois a nossa cabeça é muito
pesada, proporcionalmente entre todos os animais, que o peso da mesma em
relação ao volume é o maior das partes humana, inclusive é a única parte que
afunda sozinha, então a solução é soltá-la na agua e virar o rosto somente para
aspirar ar pela boca, retornando com o rosto sempre reto com o corpo, ai, é só
bater as pernas e trabalhar (puxar) com os braços (mão aberta e dedos
fechados), após um tempo expira pelo nariz, dá um tempo, vira novamente o rosto
somente o necessário para a boca sair fora da agua e aspira o ar de novo,
continua tudo novamente, já esta nadando! Me disse ele: Assim como estas
situações em todo aprendizado existem “mitos” que “parecem lógicos” masnão o
são e estes atrapalham o
aprendizado; principalmente das pessoas que tem o raciocínio muito apegado a
lógica e são por demais fiéis as determinações de seus instrutores, com a falta
de lógica, sua cabeça não consegue compreender, e muitas vezes eles acabam desistindo;
aceitando a avaliação dos seus “instrutores” que eles “não tem dom para aquilo”
ou que “não levam jeito para esta coisa”, pior, “que ele é um aluno especial”.
O Meu método tem muito disto, tira, exclui vários MITOS
(sete) os quais atrapalham o aprendizado, a alfabetização!
Gilberto:
Já tentou levar seu método ao conhecimento dos órgãos competentes de sua
cidade, seu estado e do âmbito federal? Como reagiram?
Rita Júlio: Busco contato com o MEC há três anos. Para comprovar a
eficácia do Método me disponho a alfabetizar pessoas escolhidas e pré-avaliadas
por uma equipe de profissionais que documentem anteriormente que os
selecionados são mesmo analfabetos e que após as oito aulas sejam reavaliados
pela mesma equipe e esta também documente a conclusão obtida. A Secretaria
Estadual da Educação de Santa Catarina está selecionando três pessoas.
Quero te explicar, ainda, que o
"método" uma vez divulgado ele automaticamente pode ser usado de
forma "universal" em especial pelo BRASIL TODO sendo que seria
injusto um Município ou um Estado pagar sozinho a “conta” para todos os demais
usufruírem gratuitamente. Temos interesse que o povo receba de forma gratuita e
não passaremos para qualquer entidade/empresa que queira cobrar do educando um
direito que lhe é nato e garantido gratuitamente pela Constituição.
Pensando assim, quem deve patrocinar é o Governo Federal
ou qualquer empresa que queira fazer "investimentos sociais" assim
como fazem nos "investimentos ecológicos" e “esportivos” tirando
proveito de sua sustentabilidade ou de compromisso sócio/econômico o que lhes
proporcionam bom Marketing e valorização de suas "ações" no mercado
financeiro, pensamos em apoio tipo: Petrobras, Vale, Eletrobrás, BB, Itaú,
Ambev, etc. ou do próprio Governo Federal que gasta valores
demasiadamente superior (ao qual pretendemos pelo método) com obras
públicas com fins que possui muita restrição social ou de pouca utilidade
pública.
Gilberto: Você se recusa a disseminar o know how desse
sistema. Já foi muito cobrada e criticada por isso? Só o trará a público caso
tenha um incentivo financeiro? Por que não o divulga gratuitamente?
Rita Julio: Temos interesse em desenvolver muitos trabalhos de
filantropia e esta é a nossa chance de obtermos recursos para realizarmos também
os nossos sonhos e de mudar a vida de muitos outros infortunados, com situações
de vida mais lamentáveis ainda que a dos analfabetos. Queremos fazer
muita diferença e resolver sérios problemas sociais, os quais têm
sido dados pouquíssima atenção, principalmente quando se trata de
"inválidos socialmente". Com este método de alfabetização poderemos
tirar milhões de pessoas condenadas a linha da pobreza, proporcionar-lhes
condições de poderem participar de cursos profissionalizantes, melhorando a
carência de mão de obra qualificada que tanto tem necessitado a indústria e o
comércio, de forma que, muitas pessoas , hoje analfabetas, estão desempregados,
que possam ter emprego e com alguma qualificação profissional, que lhe garanta
uma renda melhor, com isto uma melhor qualidade de vida para ele e sua
família, poder incluí-los na era digital, contribuindo assim para
uma sensível melhora no nosso índice do IDH, o qual também é
vergonhoso para o Brasil que esta entre os 20ª maiores países de
desenvolvimento, atualmente ocupamos o 7º. Lugar no ranking do PIB mundial, mas
em contrapartida socialmente em análise feita entre 177 países, estamos na 70º
posição do IDH.
Assim também acho justo valorizar os
18 anos de minha vida profissional dedicados para aperfeiçoar a metodologia
usada nesta técnica de alfabetização e na solução do principal problema social
deste Pais atualmente, que reflete significativamente nas condições econômicas
das pessoas que se encontram nesta situação, além dos, das cifras milionárias
que o Governo desperdiça com a repetência escolar, a qual por sua vez, é a
causa principal do abandono escolar de muitos de nossos adolescentes e jovens,
muitos acabam indo para o mundo da violência, drogas, roubos, prostituição e
muitas outros atos que causam sérios problemas para a sociedade.
Podem imaginar o quanto a sociedade
brasileira ganhará com a erradicação do analfabetismo?
Gilberto: Que testemunhos sobre a eficácia do método citaria para
nós? Forneça-nos alguns links para vídeos ou textos que nos tragam maiores
esclarecimentos.
Rita Júlio: Indico que assistam aos vídeos documentários que estão
em
Gilberto:
Com base em um desafio feito por você, pergunto-lhe: Se disporia a
deslocar-se até nossa cidade para mostrar in loco a
eficácia de seu método?
Rita Julio: Sim, com muito prazer!!! Pergunto apenas: após a
comprovação em sua cidade que acesso vocês poderiam me dar junto ao Governo
Federal? Comprovar em sua cidade pode fazer o método desenvolvido
chegar ao MEC? Este é meu maior objetivo: Apresentar e comprovar ao MEC. Irei
com certeza aonde preciso for para apresentar ao Brasil esta metodologia
inovadora e eficaz.
Gilberto: Em relação aos resultados, há diferença entre
alfabetizar uma criança e um adulto? O que você prefere?
Rita Júlio:
Já ensinei com muita facilidade crianças de 05 anos, bem como, idosos de 78
anos. Crianças são mais dispersas e adultos mais concentrados nas aulas, no
entanto, crianças aprendem mais rápidas porque os adultos já aprenderam a fazer
a leitura das imagens, isto é, pela logomarca ou detalhes de desenhos nas
marcas, eles aprenderam a identificar locais comerciais (Bancos, Farmácias,
Padarias, etc.…), outro exemplo que o shampoo a tampa de abertura fica para
cima e do condicionador para baixo. Este aprendizado do adulto, aliado a baixa
estima por anos sem ter conseguido aprender no método convencional prejudica,
MAS não por muito tempo, visto que todos (volto a dizer: todos exceto os que
possuem transtornos neurológicos graves) aprendem em no máximo Oito Aulas.
Gilberto:
Nota diferença significativa entre alfabetizar um que já tentou aprender a ler
e outro que terá sua primeira experiência com as letras?
Rita Júlio: A primeira experiência com o letramento torna-se mais
difícil porque envolve coordenação motora para a escrita.
Gilberto:
Por obséquio, fale-nos um pouco sobre dislexia e disgrafia. Nós, professores,
nos deparamos com isso frequentemente e nos sentimos carentes de embasamento
teórico adequado para lidar com tais situações.
Rita Júlio: Gilberto, posso escrever sobre grandes autores que
decorrem sobre estes ditos distúrbios de aprendizado, a teoria é rica na
internet, mas vou te ser bem franca: Como psicóloga já me foram encaminhados
casos (pessoas) ditos de dislexia e disgrafia e ambos eu alfabetizei com
facilidade, então não posso falar do que na prática não conheço.
Gilberto:
Você sempre fala que seu método é eficaz com pessoas dentro da normalidade
psicológica. Entre em detalhes, por favor, a respeito disso. Que tipo de
distúrbios tem em mente ao dizer isso? Não é comum vermos pessoas mentalmente
desequilibradas e com melhor desempenho em leitura que outras ditas normais?
Rita Júlio: Quando falo, me refiro a transtornos neurológicos
graves. Não faço milagres. São os casos, por exemplo, de Mal de Alzheimer
que não pela dificuldade de memorização torna-se difícil aprenderem. Outro caso
que acontece e prejudica o aprendizado são as pessoas (geralmente os idosos)
que tomam medicamentos controlados que prejudicam a atenção concentrada, a
memória, medicamentos que possuem como reação adversa um declínio
cognitivo.
Gilberto: Acha você que a progressão continuada e a frouxidão dos
atuais métodos de ensino são responsáveis por crianças chegarem ao segundo grau
sem estarem devidamente alfabetizadas? Que pensa sobre isso?
Rita Júlio: Exatamente. Deve-se respeitar o direito da criança
adquirir este conhecimento na idade certa para a alfabetização e cobrar dos
educadores o cumprimento desta Lei.
Nesta questão habita o maior problema
no ensino brasileiro, visto que o não aprender na fase certa, gera distorção
série idade. Criaram então a progressão automática que no meu entender é
a vilã, a grande culpada da situação caótica em que se encontra a educação em
nosso país. As crianças deveriam ser "niveladas" pelo grau parecido
de conhecimento adquirido e não pela idade em que se encontram. Quantos
traumas, quanta depressão infanto juvenil estamos produzindo nas crianças e
adolescentes colocados numa mesma sala confirmando durante quatro horas diárias
que o saber do colega da carteira ao lado é maior que o delas. Quanta tristeza
e sofrimento vivem estes alunos?!!! É óbvio que na adolescência estes
mesmos alunos acabam na evasão escolar e vivam para sempre condenados `a linha
da pobreza... São culpados? NAO!!! São vítimas do sistema que vivemos, do grito
que nós "letrados" calamos, da cegueira e egoísmo de quem aprendeu e
corre em busca de seu quinhão, não se importando com a dor e sofrimento de quem
mora ao lado. Vítimas de falsos políticos, de quem ganha com a situação em que
eles se encontram...
Gilberto:
Em um dos vídeos, você diz que cada um tem seu próprio ritmo de aprendizagem.
Esse ritmo, em regra geral, estaria restrito a 08 aulas?
Rita Júlio: Cada uma das oito aulas possui duas horas. Tem vários
casos que os alunos concluem uma das aulas (etapa) em 15 minutos, outra em 45
minutos... Quando falo que o ritmo de aprendizado é diferente, quero deixar
claro que alguns aprendem muito rápido, ou seja, apenas os que mais demoram
usam as oito aulas.
Gilberto:
Ensino a partir de um sétimo ano. Os alunos chegam até mim das mais diversas
instituições com enormes dificuldades em leitura e escrita. Sinto-me quase
impotente diante da situação. Que conselhos me daria para enfrentar esse
problema? Lastimável é o quadro. Esforço-me por despertar neles o amor pela
leitura, mas não alcanço o resultado pretendido. Aprovo-os, mas sinto que saem
aquém do esperado. Help me.
Rita Júlio: Gilberto, creia que maior do que tua vontade de saber a
técnica desenvolvida é a minha vontade de contar ao mundo todo. Assim que
possível for o farei e poderás ajudar nesta nobre causa da erradicação do
analfabetismo no Brasil e assim acabar com este sofrimento em milhões de
brasileiros e de suas famílias, bem como, de educadores comprometidos como eu e
você, com o verdadeiro dom de partilhar o saber e que sofrem por não alcançarem
tal objetivo.
Gilberto:
Recomende-nos algum filme, livros, links... e escreva um ou mais pensamentos
que julga extraordinários.
Rita Julio: Isto é grave! Analisem os dados revelados nesta
reportagem abaixo:
"Brasil usa sistema de alfabetização
ultrapassado"
Falta de políticas públicas
comprometem a educação
Pesquisadores brasileiros divulgaram
um estudo mostrando que a alfabetização no país não é eficiente e provaram isto
com números: Uma pesquisa feita com 350 mil alunos de escolas públicas e
privadas de todo o Brasil, mostra que no:
SEGUNDO ANO do ensino fundamental 86,4%
dos alunos não estão alfabetizados;
TERCEIRO ANO: 73,5% também
não...
QUARTO ANO: 60,7% ainda não
aprenderam...
QUINTA SÉRIE: 50% = Metade
dos alunos não sabem ainda ler e escrever.
Em outra avaliação internacional, que analisa a capacidade
de leitura de alunos com 15 anos de idade da rede pública, detectou-se que:
1. O Brasil ficou na posição 53º. num
ranking de 65º países;
2. Numa escala de 1 a 5, a média
brasileira foi "2" ;
3. O exame mostrou que a
maioria dos estudantes não compreende textos.
O problema segundo os
pesquisadores está mais nas Políticas Públicas adotadas no Brasil e
não só na má aplicação delas, os cientistas também
perceberam que nem as diretrizes curriculares dizem o que os
professores devem ensinar e nem em que sequência.
Conclusão: "O Brasil não tem um programa de
ensino eficiente", é o que provam os dados acima, não sou somente
eu quem afirma, muitos já estão tendo coragem de falar isto abertamente, sem se
preocupar com os responsáveis, mas sim com os infortunados e necessitados.
Gilberto:
Dirija-nos suas palavras finais. Sinta-se à vontade.
Rita Júlio: Finalizo, pedindo a DEUS que derrame uma benção especial
a quem fizer chegar esta metodologia até os responsáveis pela educação no
Brasil, bem como, rezo para que Ele aja no coração e na consciência de quem
está à frente de nosso Governo, ou mesmo de alguma grande empresa, comprometida
socialmente, que estejam realmente preocupados e compromissados em resolver
este GRAVE problema Brasileiro, o qual reflete drasticamente até mesmo nos
índices de desemprego e criminalidade, além de deflagrar sérios casos de depressão
em grande parcela de nosso povo, fato que, também já temos no Brasil um
alarmante índice neste sentido.
Situações estas e outras que
serão reduzidas sensivelmente com a erradicação do
analfabetismo, inclusive com diminuição de crianças e adolescentes que hoje são
encaminhadas para Instituições tipo APAE e Centros de Educação de Jovens e
Adultos, só porque o sistema educandário atual não teve competência para
alfabetizá-los e por isso, muitos foram rotulados de “alunos especiais”, sendo
em certos casos receitados medicamentos psicotrópicos, sem que haja
necessidade, e, os quais advindos de seus efeitos diretos e colaterais,
deflagram verdadeiros problemas mentais, bem como, uma total sensação de
incapacidade, de inferioridade, de dependência, de improdutividade, de
fracasso... enfim, um enorme grau de baixa estima; com elevadíssimos custos
para a sociedade, levando ainda a família da "vítima" há também sofrer
depressão e desgaste moral e social.
Lembrem-se ainda que segundo dados do IBGE: São 14, 1
milhões de brasileiros analfabetos e 30 milhões de brasileiros analfabetos
funcionais. Eles precisam deste método. Estou fazendo minha parte e o convido
para que você que está lendo este reportagem, ajude-os também divulgando esta
metodologia que será a revolução na educação do Brasil.
Por fim, rogo que este método
seja logo adotado pelo Governo Federal ou por alguma empresa de porte - que
tenha interesse em fazer investimentos na área Sócial/Econômica. Abraçando esta
causa e oportunidade, permitindo que a mesma seja disponibilizada
GRATUITAMENTE a toda o povo brasileiro e até mesmo mundial, atitude
que, com certeza, valorizará ainda mais a sua MARCA e consequentemente
proporcionará retorno do investimento. Lembrando: investimento social também
faz parte do tripé da sustentabilidade.
Concluo afirmando que: A
ERRADICAÇÃO DO ANALFABETISMO É POSSÍVEL SIM! E DEVE SER
TRATADO COM A MÁXIMA URGÊNCIA, JÁ FOI PERDIDO TEMPO DEMAIS PARA QUE FOSSE
RESOLVIDO ESTE GRAVE PROBLEMA E ISTO ESTA SAINDO MUITO CARO PARA O BRASIL, ALÉM
DE PREJUDICAR A NOSSA IMAGEM NO MUNDO!!!
Novamente, muito obrigada ao Sr. Gilberto Cardoso dos
Santos, agradeço também a atenção dos Srs. leitores e convido a todos a
abraçarem este projeto, ajudando no que possível for para a divulgação e assim
com as devidas parcerias, chegarmos o quanto antes na aplicação do mesmo em
nosso país.
Se alguém quiser entrar em contato comigo, utilize um dos seguintes meios:
ritalju@hotmail.com
aprenderaler@globo.com
https://www.facebook.com/rita.julio
ritalju@hotmail.com
aprenderaler@globo.com
https://www.facebook.com/rita.julio
Realmente, é um método muito interessante. Fico curiosa em conhecê-lo. Pena é que isso só será possível quando o MEC reconhecê-lo. Propagarei aqui no IF e veremos os resultados.
ResponderExcluirSe é como nos diz, é uma verdadeira revolução. Seria uma dádiva se, com este método, conseguíssemos erradicar o analfabetismo.
Professora Cristiane
Assisti o Vídeo e li o texto, como estamos longe de sermos um País alfabetizado.
ResponderExcluirGilberto Cardoso,caro amigo,parabéns por mais um brilhante trabalho.Gostei deveras da entrevista que você fez com a Dra.Rita Julio.A alfabetização, no Brasil ganhou mais força,após a Proclamação da República,assim a institucionalização da escola,pois as novas gerações deveriam está aptas a nova ordem político e social.O termo alfabetizar traz em si o significado de aquisição do alfabeto,ou seja,escrever,ensinar,ler,aprender,isso se dando de uma forma que gera emoções ao ser. A Educação no Brasil passa por uma problemática,que é a falta de qualidade na alfabetização,é preciso que apareçam novas práticas transformadoras,novos horizontes,para que possamos considerar uma alfabetização eficiente,pois sabemos que ela é o alicerce de toda estrutura educacional.É de suma importância aos professores o conhecimento do método citado.
ResponderExcluirMuito interessante a entrevista onde a psicologa Rita de Cássia fala sobre o "seu" método de erradicação do analfabetismo em nosso país. Porém, apesar de citar o CRISTO como sua referência, não o utiliza em suas ações, visto que ELE não exigiu nada para expor a sua metodologia de PAZ e FELICIDADE para todos do seu rebanho. Outra curiosidade que nos assombrou, é que ela como educadora, pedagoga e psicóloga pede que os "responsáveis" pela Educação no país tomem uma atitude. Que atitude ela está tomando, não veiculando, GRATUITAMENTE o que "criou" para diminuir uma situação caótica no país. Será que o seu referencial "CRISTO" agiria dessa forma?
ResponderExcluirSomos portadores dos títulos de pedagogo, jornalista e bacharel em ciências jurídicas.
Pelo que podemos concluir com a leitura da Bíblia é que JESUS foi enviado por DEUS PAI, era santo desde o nascimento, não tinha família para sustentar, nem necessitava de recursos para pagar as necessidades que qualquer cidadão e família necessitam atualmente, sem falar de despesas com educação, saúde, medicamentos, impostos, transporte, internet, luz, até a água tem que se pagar, etc, etc, tec.) Como diz o ditado: “O que é dado de graça não é valorizado”; que é muito raro ganharmos algo de graça e, quando se ganha muitas vezes “sai muito mais caro”!
ExcluirSenhora Abadia, Braga/PT
Obg pela participação, amigas!
ResponderExcluirChristiane e Cristiane: Obg pela leitura e comentários!
Gostei muito do que vi. E desejo conhecer esse método. Como fazer contato com a Dra Rita,para aplica-lo com meus alunos que apresentam dificuldades em alfabetizar?
ResponderExcluirGrata pela indicação e resposta.
rithacassya7@gmail.com
Entrevista interessante, porem fico triste em saber que a Dra. Rita tem a solução para o analfabetismo, e não compartilha com o mundo.
ResponderExcluirÉ como se alguém tivesse a cura do câncer, mas não compartilhasse com a humanidade esperando um bom negocio lucrativo. Um tanto cruel, não?
Tenho certeza que se ela divulgasse seu trabalho de forma gratuita a todos os interessados em alfabetizar, colheria bons frutos, e o lucro de tudo isso seria consequência.
Afinal, já pensou se Jesus esperasse uma boa oferta para partilhar suas ideias? Até hoje estaríamos a deriva...
Não sou especialista em alfabetização, mas tenho algumas perguntas após a leitura da entrevista:
ResponderExcluir- Como a Dra Rita entende o que é analfabetismo funcional?
- Ela considera a importância do letramento na alfabetização?
- Se ela não conhece o trabalho de Paulo Freire como pode falar sobre isso. E como pode estabelecer relações entre sua pesquisa e o trabalho de Freire? Da mesma forma que não posso falar da pesquisa dela porque a desconheço.
- E não concordo que alfabetizar seja somente cumprir os itens citados na entrevista. Verifico que eles não bastam para que se afirme que uma criança está alfabetizada.
Abraços,
Claudia.
Mais uma vez agradeço, Gilberto. Valeu, já estou encantada, fiquei emocionada com o vídeo, muito lindo. Realmente "nascer de novo..." o professor que leva um renascer através da leitura é pura emoção. Um abraço.
ResponderExcluirIsso é expandir aos olhos do adulto o brilho de aprender. Construir riqueza, não só para o futuro de uma cidade, mas também para o interior de cada pessoa, transformar vidas. A missão de transformar cada pessoa em uma pessoa melhor. “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco a sociedade muda." (Paulo Freire). Enfim, é semear e colher um futuro com esperança, não apenas sonhar com a transformação,fazer ser real. Enfim, não só buscar a construção de um mundo onde todos possam realizar-se com autonomia. Estou na torcida para o MEC comprar a ideia. Parabéns Gilberto, Excelente entrevista, perguntas inteligentes para pessoa certa. Amei. Obrigada por compartilhar!
Amigo Gilberto, atendendo ao seu pedido, tenho a dizer o seguinte:
ResponderExcluirConcordo com minha colega de profissão que o fruto do trabalho deve ser remunerado, mas, gostaria de saber o seguinte:
Durante esses 18 anos de pesquisa, ela trabalhou de graça ou era funcionária de alguma instituição? Ou essas pesquisas foram realizadas em suas horas de folga?
Não posso falar sobre o método que ela desenvolveu porque ela diz que funciona, mas preserva o direito de propriedade do mesmo, portanto, não posso avaliar pelas declarações dela.
Concordo com Renata em relação ao fato de uma pessoa diz ter, supostamente, a solução de um dos maiores problemas do Brasil e não compartilha enquanto não for recompensada financeiramente por isso - eu, particularmente, teria um dilema ético imenso se fosse comigo.
Sendo assim, porque ela não erradica o analfabetismo na cidade onde ela vive e prova para o Brasil todo e, em particular, aos nossos competentes políticos, que seu método funciona e que economizaremos anos de estudos básicos para investirmos nos mais avançados e, assim, galgaríamos o topo do mundo acadêmico, jã que esse método elimina o analfabetismo funcional.
O método dela e o de Paulo Freire não pode ser comparado a não ser por ela mesma, pois só ela conhece o seu e precisa aprender como funciona o de Paulo Freire, pois, a única diferença que ela citou foi o uso e o não uso de cartilha.
Enfim meu amigo... planos infalíveis eu gosto de ler na Revista da Mônica onde o Cebolinha planeja derrotar sua querida amiga dentuça.
Mas, em sendo eficiente o método, tenho esperança que erradicaremos o analfabetismo em menos de 5 anos... e, plagiando Juscelino Kubitschek, conquistaremos 500 anos em 5....kkkkk
Método maravilhoso,porém,o contexto biopsicossocial do indivíduo é muito abrangente...????
ResponderExcluirEu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.
Guimarães Rosa
Gilberto, confesso que estou impressionado com o método da Drª. Se isso for realmente possível, em apenas 08 aulas alfabetizar uma pessoa totalmente analfabeta, de criança a idoso, deverá ser julgado como o mais revolucionário de todos os tempos. Espero que seja sim, e que ele possa o quanto antes ser aplicado país/mundo a fora transformando a vida de milhões de pessoas. Parabéns a você Gilberto por mais essa espetacular entrevista.
ResponderExcluirAlfabetizar não é fácil. Levar uma criança, adolescente ou adulto a codificar e decodificar traços e sinais é uma tarefa árdua e reservada a muitos professores que dominam a teoria e a prática que envolvem este fazer pedagógico. Este método inovador criado por Dra. Rita possivelmente poderá resolver problemas graves e crônicos existentes no campo da educação no Brasil segundo a explicação dada pela Professora nesta entrevista. Como não conheço o método não posso questioná-lo. Quanto ao método utilizado por Paulo Freire ele ia além do "não usar cartilhas", entre outros objetivos, ele buscava a inserção do indivíduo no contexto social vivido através da conscientização política.
ResponderExcluirNão fica claro em quais condições de trabalho foi criado o método revolucionário da Professora Rita, no entanto, concordo que ela deve sim cobrar por sua criação. Culturalmente só o professor não pode cobrar pelos seus serviços, por exemplo, quantos de nós somos procurados para "tirar uma dúvida de português", para ajudar num "exercício de matemática", para ajudar a fazer "uma redação", para dar "uma força" em inúmeras questões de estudos de pessoas que convivem próximos a nós e não somos remunerados por isso? Só o advogado, o médico e outros profissionais podem serem pagos por seus atendimentos e consultas (breves ou não) e nós professores não? Só os cientistas ligados ao campo da ciência que a sociedade respeita e se curva é que deve ter remuneração com relação aos seus feitos e descobertas? Vale uma reflexão.
Francisca Joseni dos Santos - Professora
Caro Sr. Júlio Cesar, pelo que entendi ao ler esta reportagem, a Psicóloga Rita de Cássia entende que o “analfabeto funcional” é resultante de uma alfabetização tardia, que lhe foi proporcionado fora do melhor momento oportuno, que seria logo no “inicio” no ensino fundamental, oportunidade que lhe é ensinado com a utilização de gravuras e historinhas ilustradas, que lhe facilitam a compreensão cognitiva entre todas as palavras do texto. Além da necessidade de praticar por um bom tempo o hábito da leitura. Fato que os “analfabetos funcionais” normalmente vivem esta situação (alfabetização tardia e pouca leitura). Pelo que, muitos somente conseguem entender o texto após ler o mesmo por diversas vezes. O que, entendo eu, lhe causa desconforto e lhe retira o prazer da leitura. Quanto ao método desenvolvido pela equipe do educador Paulo Freire, me dei o prazer de pesquisa-lo no “Santo Google”, constatando que este afirmava: “as cartilhas não consideram a peculiar lógica do sistema escrito de ensinar”, dizia ainda que “a escrita não é um produto escolar, más sim um objeto cultural, resultado do esforço coletivo da humanidade”, ao ler isto, tive a sensação de também ser um analfabeto funcional, pois não entendo a razão dele entender e afirmar que “a apostila não pode considerar a peculiar lógica do sistema escrito e que a escrita não é um produto escolar” , discordo plenamente do mesmo, isto é o que não tem LÓGICA. A questão é: como o material é elaborado, conduzido; qual a lógica a mesmo contém. Além disto, se pode concluir nitidamente uma intenção política no método do Sr Paulo Freire; dizem os críticos que contrariavam o seu método pelo fato deste ser contra as ideias que focam a preparação técnica e científica do aluno, lhe proporcionando uma profissão, pois era nítida a sua influência do pensamento “Marxista”. Já pelo que que pode notar pelos depoimentos e vídeos os quais a Psicóloga entrevistada indicou é que o seu método é igual para qualquer alfabetizando, independente da idade ou situação social e que utiliza cartilhas físicas e/ou informatizadas. Finalizando, tive também o conhecimento de que o Sr. Paulo Freire assumiu em 1989 a Secretaria Municipal de Educação por 2,5 aa (dois anos e meio) na Gestão da Prefeita Luiza Erondina – São Paulo/SP e não há registro que ele tenha conseguido erradicar o analfabetismo naquele município. Já se passaram mais de 50 anos deste “método PF” e não se tem conhecimento que algum município do Brasil tenha erradicado o analfabetismo com a utilização do mesmo. Dados para se pensar, creio que não podemos ficar atrelados a promessas passadas e que não mostraram eficácia. Tenho dito!!!
ResponderExcluirMestre Antão do Deserto - CONAM
Caro Mestre Antão do Deserto, concordo plenamente com sua opinião. Como a Psicóloga Rita de Cássia não expõe seu método, pelas razões que ela relata na entrevista, não podemos dizer absolutamente nada.
ResponderExcluirVejo até que nosso debate vai nos levar a lugar algum, pois a questão da alfabetização, do aprendizado, da escrita, da leitura, da compreensão de textos etc., já é largamente discutido.
O confronto ético a que me refiro é pessoal, caso fosse eu o detentor de uma técnica revolucionária.
Ratifico suas últimas frases que corroboram as minhas. Continuo lendo sobre planos infalíveis nas revistinhas da Mônica e do Cebolinha.
Grande abraço
Olha, eu assisti aos vídeos e li a reportagem, vi que muitas pessoas gostariam de aprender o método, eu sou uma dessas pessoas, inclusive estou fazendo um curso de voluntariado para alfabetização de adultos com um grupo que trabalha aqui no DF há mais de 20 anos. Entrei em contato com a Sra Rita de Cássia antes de ler esta entrevista, para saber como aprender seu método, mas pelo visto ela não vai dividi-lo com ninguém que não pague por ele, e aqui no Brasil, ninguém vai pagar por ele, a não ser que possa ganhar dinheiro também. O grupo de voluntários em alfabetização do qual estou inciando, possuem um método comum, talvez não seja o melhor, mas eles trabalham há mais de 20 anos e conquistam seus objetivos, as vezes com maior ou menor facilidade, mas alfabetizam e não cobram por isto, fazem um trabalho que o governo tem obrigação de fazer e não faz completamente, eles não possuem ajuda de ninguém a não ser outros voluntários que emprestam salas ou espaços em igrejas. Se um grupo que é antigo, forte em seus trabalhos, porque é conhecido aqui, nunca conseguiu qualquer auxilio do governo ou do MEC, vocês acham que este método será comprado por alguém sem fins lucrativos? Eu acho sinceramente que Quem quer ajudar, Contribuir com melhorias sociais, humanas, sei lá mais o quê, Faz, não fica esperando o Milagre ou alguém para pagar a conta... Eu estou contribuindo com o meu melhor e tenho certeza que farei diferença para alguém e para mim mesma, gostaria muito de conhecer o tal método de 8 aulas, mas como isto não vai acontecer pelo menos nos próximos anos, vou trabalhar que mesmo sendo voluntária eu ganho paz de espírito e fico mais feliz!!! Saudações.
ResponderExcluirPS: É Julio Cesar, de repente Mônica e Cebolinha oferecem muito mais para a sociedade do que muitos blá blá blás de especialistas... Inclusive as revistinhas deles são usadas em métodos didáticos em várias escolas aqui do DF...
Sabem do que lembrei? Da febre " O Segredo" vendeu bilhões de livros e filmes...Será que é por aí? Vi os vídeos, depoimentos, me empolguei resolvi pesquisar e ...nada. Continuarei sem ter acesso até que este outro Segredo seja revelado! Penso que se Jesus pudesse aconselhar a Doutora, não estaria muito satisfeito com ela...
ResponderExcluirCaros colegas
ResponderExcluirDesejo, de coração, que esse debate continue.
Infelizmente, nossos governantes desejam que a população continue iletrada e dependente de programas baratos de distribuição de renda para continuar na política do cabresto.
Se vivessemos num país politicamente sério, o detentor de uma técnica revolucionária seria milionário com toda justiça, mas, infelizmente, nossos interesses são imediatistas, individualistas, egoístas e, na maioria das vezes, ilegais.
Hoje, antes de ter alguma remuneração por meus serviços, elaboro um programa piloto e apresento a quem possa ampliá-lo e, meu pagamento, seria a remuneração pela condução do projeto, pois, meus credores não querem saber o que faço para ganhar meu dinheiro, apenas exigem que eu pague minhas contas.
O que estamos discutindo aqui envolve questões filosóficas, éticas, humanitárias e culturais que são difíceis de conciliar devido a toda estrutura social em que o Brasil vive.
Vejo alunos universitários que não entendem textos básicos, apresentam dificuldades de elaborar crítica e, pior, com pouco ou nenhum desejo de dedicar tempo e esforço para ampliar seus conhecimentos. São os novos tempos, onde as respostas são obtidas pelo "google" e os trabalhos são executados através do "Ctrl C + Ctrl V" sem, ao menos, se darem ao esforço "desumano" de ler todo o conteúdo do material copiado e onde nossas tristezas, agonias, desamores e dificuldades da vida são, ou deveriam ser, solucionados com uma pílula.
Lutamos pela mudança desse estado de calamidade onde nos encontramos, mas é uma batalha desigual. Não somos organizados. Ainda pensamos como na estória do beija-flor apagando um incêndio que nunca será apagado, enquanto nossos opositores são muito bem organizados, endinheirados e detentores de poder, quase ilimitados.
Repito que não discordo da Dra. Rita e que, apenas eu, em particular, teria um grande dilema ético se fosse o detentor dessa tecnologia, pois afinal, continuo recebendo telefonemas de bancos e da Receita Federal querendo a quitação de minhas dívidas, mas também, continuo com minha alma em grande sofrimento quando testemunho o sofrimento e a desapropriação dos direitos básicos do povo que eu faço parte.
Queria conhecimento para aprender ler e escrever tudo correto
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