sábado, 12 de maio de 2012

Educadora é demitida por ensinar além do permitido aos seus alunos

Eles argumentam que o ensino exige mínimos educativos e não máximos (Imagem ilustrativa)
ELES ARGUMENTAM QUE O ENSINO EXIGE MÍNIMOS EDUCATIVOS E NÃO MÁXIMOS (IMAGEM ILUSTRATIVA)

























Por ensinar além do permitido aos seus alunos, uma professora de uma escola de Andorra foi despedida. Com quatro e cinco anos, as crianças já sabem ler, escrever e fazer contas.

A decisão de afastar a profissional, que está no ensino há 11 anos, partiu por recomendação de um inspetor do Ministério da Educação de Andorra.
Ele considerou que os alunos têm um nível alto para uma escola pública. Assim, a escola espanhola de Escaldes-Engordany decidiu demitir a educadora. A demissão caiu como uma bomba nos pais das crianças, que recorreram à embaixada espanhola, em Andorra, para reconsiderar o afastamento.
Eles argumentam que o ensino exige mínimos educativos e não máximos. Uma das mães revelou que não há qualquer queixa das crianças em relação ao nível dos ensinamentos.
Em resposta, o ministério decidiu manter a professora até o final do ano letivo, mas exigiu que a profissional diminua o nível do ensino.
Fonte: PORTAL DE PAULÍNIA

Reportagem Original: JORNAL DE ANDORRA

Gostaria de ouvir as opiniões de quem nos lê. Ivanilson, que postou tal matéria em seu blog, Naílson, Teixeirinha, Lindonete, o professor Maciel, João Maria e demais sintam-se convocados a opinar. No Brasil, professores ensinam de menos e não são demitidos. Por que demitir alguém que está conseguindo ensinar "demais"? Acho que essa professora deveria ser premiada, não? Fiquei curioso para conhecer a metodologia desta que me parece ser uma verdadeira educadora. Fiz uma leitura errônea do fato? Estaria isso revelando um interesse do estado em manter os alunos nivelados por baixo? Por enquanto, parece-me piada!

9 comentários:

  1. Postei essa matéria no meu blog (www.ivanilson.com) e no Facebook. Colegas, a primeira vista a notícia pode até parecer absurda, mas devemos atentar para o fato da equidade, ou seja, do equilíbrio, tendo em vista a faixa etária das crianças. Não se pode ensinar de menos, tampouco demais. É preciso respeitar as peculiaridades neurológicas dos indivíduos, para não formamos pessoas desequilibradas intelectual e psicologicamente. Cada caso é um caso. Não posso afirmar categoricamente, pois não conheço a professora. O equilíbrio é fundamental em qualquer aspecto da vida.

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  2. Minha análise parte do pressuposto psicológico clínico, ou seja, para o psicólogo o fundamental no primeiro atendimento é saber qual a queixa da pessoa em sua consulta. Nesse caso, os pais das crianças deveriam ser ouvidos e, posteriormente, as próprias crianças. Se confirmado que não está havendo nenhum problema psíquico interferindo na cognição ou comportamento, significa que a homeostase da criança está em equilíbrio, daí tudo bem. No entanto, me preocupa se há ultrapassagem das Fases do Desenvolvimento Cognitivo, segundo Piaget. Assim, não sendo consideradas, podem ou não trazer consequências para elas. Afinal, cada criança tem sua singularidade apesar de inserida num mesmo contexto,ou seja, sua estrutura psíquica é diferenciada, e, portanto, a interpretação e o agir diante do processe será específico. Devemos considerar a idade biológica e cronológica de cada uma, enfim, fazer uma análise completa e abrangente. É algo muito individual, pois sabemos que a experiência da aprendizagem é inerente de cada ser. Realizar uma avaliação psicológica com uma bateria de testes seria ideal. Em relação à questão social, através de uma boa investigação se descobriria os interesses dessa ideologia do ensinar pouco, que parece tão mesquinha. Acredito, Gilberto, que teria que fazer uma análise interdisciplinar para se chegar uma conclusão justa e ética para que ninguém fosse prejudicado. No entanto, minha percepção em relação à professora é de uma boa educadora que está querendo ser a melhor profissional possível. Mas, os alunos também devem ser analisados em respeito a sua estrutura biopsicossocial.

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  3. Que povo inteligente,meu DEUS! PREFIRO FICAR DE FORA,POIS O ASSUNTO AÍ É PARA QUEM REALMENTE ENTENDE. MANDA VER. RS MAS,ACHO QUE ESSA PROFª ESTÁ CERTA.

    ANA

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  4. As informações são insuficientes e fico ainda mais confuso para opinar quando leio que a decisão foi baseada apenas em uma recomendação de um inspetor do MEC (Seria um inspetor somente ou uma equipe?), enquanto os próprios pais das crianças recorreram para reconsiderar o afastamento. Não há queixa das crianças, não há queixa dos pais, não há aqui parecer da equipe pedagógica da escola e o argumento do inspetor me parece fraquinho: "Ele considerou que os alunos têm um nível alto para uma escola pública". É para baixar o nível, então?

    Demissão ainda que aconteçam nestes casos, nunca deve ser apenas com uma canetada. Deve ser aberto um processo administrativo em que o professor possa ter direito amplo de defesa e que seja julgado por uma comissão de profissionais à altura. Nem a justiça por si só pode dá um parecer. É preciso conhecer ao menos o Projeto Político da Escola, qual, por exemplo, teoria pedagógica que possivelmente dava sustentação à prática em sala de aula... Enfim...se ele age de maneira leviana, aí que também responda por isso, mas é como digo, o texto carece de maiores informações.

    E leio aqui no final: “o ministério decidiu manter a professora até o final do ano letivo, mas exigiu que a profissional diminua o nível do ensino”. As decisões parecem que são tomadas , como se diz por aqui , a dente de cachorro. Realmente , Gilberto, parece piada.

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  5. Os métodos revolucionários em educação, normalmente, partiram das pequenas experiências de seus idealizadores. Célestin Freinet (1896-1966), na França, e Paulo Freire (1921-1977), no Brasil, são exemplos de educadores que tiveram a divulgação e implantação de suas metodologias além das fronteiras de seus países. Parece-nos que estamos diante de algo inovador no campo educacional e que põe em choque “a ordem estabelecida”. Creio que a consistência de todo o conteúdo proposto, continuidade dos bons resultados e a própria persistência da educadora em foco nos dirão, futuramente, se estamos diante de algo bastante positivo no cenário educacional. Afinal, como disse Freinet: "Se não encontrarmos respostas adequadas a todas as questões sobre educação, continuaremos a forjar almas de escravos em nossos filhos".

    Roberto Flávio

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  6. REALMENTE SÃO COMENTÁRIOS DE PESSOAS INTELECTUAIS MESMO. EU FICO MEIO ENCABULADO P/ COMENTAR...RS MAS OPINO QUE DEVE HAVER UMA MAIOR INVESTIGAÇÃO NESSE CASO,PARA SE TER UM BOM E JUSTO PARECER SOBRE A PROFESSORA.

    João

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  7. A princípio, achamos um absurdo que uma professora, que ensina mais do que lhe exigido , seja demitida. Todavia,acho que, como disse Maciel, precisamos saber todo o contexto do caso, para podermos dar uma opinião dentro da racionalidade. Preocupa-me como diz bem Lindonete, a queima de etapas do processo de ensino-aprendizagem da criança. Não estaria a professora passando dos limites(pulando fases)quanto ao desenvolvimento cognitivo da criança? Não sei.

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  8. QUE TANTOS COMENTÁRIOS INTELECTUAIS! ESSES SÃO DE QUEM ENTENDE. MAS ESSE DA PSICÓLOGA FICOU COMPLETO,PARA MIM NÃO FALTOU ACRESCENTAR MAIS NADA. É MUITO SENSATO O QUE ELA DISSE.PARABÉNS A TODOS!

    JOANA

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  9. Que povo sábio...analisaram corretamente o caso. parabénsss! É por isso que gosto desse BLOG!

    Margarida

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