Estive pensando na fúria cega com que os políticos e empresários se atiraram em destruir, o Estádio João Machado, o conhecido Machadão, para erguerem um outro. Eles têm os seus motivos e, cá entre nós, sabemos quais são.
O Machadão vai infelizmente ruir. ”Não vai restar pedra sobre pedra que não seja derrubada”, como está escrito no Livro Sagrado, mas claro não se referindo ao nosso lindo e histórico estádio.
Não teve jeito. A força da verdade, da razão, da conscientização, da convicção de muitos homens de bem, dentre eles o ex-presidente do América, Jucier Santos ,que lutou com unhas e dentes pela manutenção do patrimônio histórico e material,.Tudo isso foi suplantado pela força do capital,da propina,dos políticos ,quero dizer, dos politiqueiros e empresários.
No meu íntimo paira a decepção. Como pode meu bom Deus! Como pode um Estado onde ainda padece o seu povo de altos índices de analfabetismo, a saúde não vai bem, a violência aumenta a cada dia, seus governantes destruírem o que já está feito!
Até pergunto leitor - como fazia o grande escritor Machado de Assis nas suas crônicas-como pode um Estado nessas condições, destruir o que já existe, simplesmente em favor de uma minoria gananciosa e inconsequente?
Mas o que foi feito de mal ao povo e à história, essa mesma história vai provar um dia quem tinha razão. Aí, caro leitor, não será tarde demais? Os culpados ainda estarão aqui? Não estarão eles em outras paragens, aproveitando os seus dividendos?
Acho que quem vai pagar o preço de mais esse absurdo que se comete no nosso Estado serão as futuras gerações. Quem vai pagar o pato é o povo. Quem for viro verá.
João Maria de Medeiros – professor e poeta
Ótimo texto, João. O Machadão não tinha que ser destruído coisíssima nenhuma. Bastava uma maqueagenzinha, uns elevadores, melhores banheiros, acessibilidade, organização dos estacionamentos e pronto. O Estádio já era lindo, e o mais importante, tinha história! A ganância do homem está destruindo o homem! Já estamos vendo, mas quem viver, verá melhor essa obra dos homens em alta definição!
ResponderExcluirMuito obrigado Nailson Costa! Fico muito gratificado pelas suas palavras!
ResponderExcluirTenho visto muitos absurdos na "Terra de Cascudo", mas a derrubada do Poema de Concreto Armado da Lagoa Nova passou dos limites.
Um grande abraço.
João Maria de Medeiros
GIGANTE DA LAGOA
ResponderExcluirI
Gigante de pedra e ferro
Palco de muita emoção
Com tristeza ou alegria
Embalaste meu coração
Já foste bem propagado
Como o belo castelão
Depois te rebatizaram
Com o nome machadão
II
Belas tardes de domingo
Dias de clássicos ou não
Abcdistas e americanos
Transbordados de paixão
Gritando pelo seu time
Com tamanha devoção
Cor vermelha ou preta
Enfeitando o machadão
III
Muitos craques lá jogaram
Deles falo com carinho
Alberi,Dedé de Dora
Baltazar e Severinho
Souza e Helio show
Danilo,Aluízio e Zinho
Joel ,Natal e Santa Cruz
Jangada Hélcio e Helinho
IV
Foste cenário de glorias
Felicidades de muitos
Palco de muitas vitórias
Pra sempre serás lembrado
Grandes são suas historias
Nunca vou te esquecer
Meu teatro de memórias
MAZINHO ACS
Mazinho ACS, viajei agora. Que saudade do Castelão! Valeu o poema!
ResponderExcluirConcordo contigo caro João, acho uma falta de respeito com a nossa história.
ResponderExcluirMuito obrigado, Mazinho! Muito obrigado, Poeta Hélio Crisanto!
ResponderExcluirMuito obrigado, Nailson Costa! Fico muito gratificado pelas suas palavras. Palavras de quem entende do assunto.
ResponderExcluirTenho visto ao longo de minha vida muitos absurdos na "Terra de Cascudo",mas a derrubada do Machadão,O Poema de Concreto Armado da Lagoa Nova, foi o maios de todos.
Um grande abraço.
PARABENS AO POETA JOÃO PELO OPORTUNO TEXTO.
ResponderExcluirJoão, sou completamente de acordo com o teu ponto de vista!
ResponderExcluirSe há dinheiro a gastar, parece-me que não falta de necessidades mais urgentes e mais vantajosas ao povo brasileiro que a construção deesta novo estádio de futebal que servirá apenas os interesses de alguns .Li também que em Rio de Janeiro de Janeiro a situação era pior….que muitos pessoas reencontravam-se excluem dos seus bairros e mal sendo compensados .
Parabens por este texto otimo !!!
TB amei muito o poema de Mazinho !!!