domingo, 29 de maio de 2011

AS QUATRO VELAS - Em Prosa e Verso

Hélio me enviou um video muito bacana de um poema intitulado AS QUATRO VELAS, que você confere abaixo.



Resolvi pesquisar para constatar uma prática muito comum entre poetas, principalmente da área do cordel, que é o lançar mão de um texto alheio, geralmente em prosa (piada, crônica, romance...) e, conformando-o às regras da métrica e da rima, transformá-lo num texto seu, poético. Nesta pesquisa, encontrei um texto com conteúdo similar, em prosa. Confira-o em


Nada tenho contra a prática. Acho que alguns textos, nessa nova roupagem, ganham vida extra. Todavia, lembrando-me de uma sugestão dada por Teixeirinha, a de vez por outra postarmos um tema para debate, pergunto-lhe:

Você considera isso plágio ou diálogo intertextual?
Uma vez que a essência, o cerne do texto, pertence a quem primeiro o escreveu, tendo apenas sido "embelezado" e transportado para outro gênero por um segundo, constituiria isso roubo literário?
Não estaria o autor da obra derivada, ao omitir sua fonte inspiradora, induzindo o leitor a tecer por ele uma admiração da qual não é digno?
Deveria quem primeiro teve a ideia ser citado como coautor? Não caberia um "baseado em..."?

Bem, se o debate não for de seu interesse, apenas aprecie o conteúdo do video e veja se é digno do significativo número de acessos que teve.

2 comentários:

  1. Você tem toda razão Gilberto. O autor do vídeo se utilizou de um texto de outra pessoa, dando-lhe a forma de poesia (o que é relativamente simples de ser feito), mas fugiu dos princípios da ética quando não explicitou que a sua "recriação" decorria de um texto já escrito por outrem, ou seja, faltou dar o devido crédito. Ele deveria se envergonhar dessa atitude e passar a ter mais honestidade intelectual e moral. Sugiro que explicitemos isso no comentário onde o vídeo é apresentado, para que ele não incorra novamente neste lamentável erro.

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  2. luIstres companheiros, isso aí, se não me falha a cansada memória, é um excelente exemplo de paráfrase. Fiz muito isso quando professor. Porém, eu tinha a dignidade de citar o texto original e sua autoria. Tenho saudade desses momentos artísticos. O cara aí deveria, sim, fazer menção ao texto original, caso contrário, é muito fácil ser artista. Um abraço.

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