NEGRITUDE
A minha lança sou eu.
Minha cor é minha história.
Há muito saí do laço.
Na Tijuca ou na Barra,
Planejo todos meus passos.
Pois quando, na avenida, passo,
Querem me prender com o olhar.
Querem desvalorizar o que penso,
E o que faço.
Mas não desisto de lutar,
Sou lança livre no espaço.
Nelson Almeida. Natal, 24/02/24. 18:30.
O poema NEGRITUDE traz ao leitor, em essência, um louvor à identidade e à secular resistência do ex-escravo que avança e contra todos se lança com vigor e persistência. Dos preconceitos não salvo, voa até chegar ao alvo graças à resiliência. - Gilberto Cardoso
ResponderExcluirBelíssimo poema que nos traz a força de uma classe que, mesmo sofrendo preconceito latente, não cala na adversidade/maldade... E, mesmo consciente dos impercilios cabais, é sinônimo de persistência em busca de seus ideais. Parabéns, Poeta! 🙌✍️👏👏👏
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