sábado, 24 de fevereiro de 2024

NEGRITUDE - Nelson Almeida

 


NEGRITUDE


A minha lança sou eu.

Minha cor é minha história.

Há muito saí do laço.

Na Tijuca ou na Barra,

Planejo todos meus passos.

Pois quando, na avenida, passo,

Querem me prender com o olhar.

Querem desvalorizar o que penso,

E o que faço.

Mas não desisto de lutar,

Sou lança livre no espaço.


Nelson Almeida. Natal, 24/02/24. 18:30.

2 comentários:

  1. O poema NEGRITUDE traz ao leitor, em essência, um louvor à identidade e à secular resistência do ex-escravo que avança e contra todos se lança com vigor e persistência. Dos preconceitos não salvo, voa até chegar ao alvo graças à resiliência. - Gilberto Cardoso

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  2. Belíssimo poema que nos traz a força de uma classe que, mesmo sofrendo preconceito latente, não cala na adversidade/maldade... E, mesmo consciente dos impercilios cabais, é sinônimo de persistência em busca de seus ideais. Parabéns, Poeta! 🙌✍️👏👏👏

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