sábado, 18 de março de 2023

O RISO DO MANDACARU - Jair Elói de Souza






O RISO DO MANDACARU

O primeiro broto aflora em plena estiagem, mais um dia, outro. Mais dias, os demais. Embora em cores verde e vermelha, se abotoam nas galhadas como jabuticabas em tempos de prenhez...
E logo as flores riem para serem molhadas pelas chuvas de verão...
Não há óbice em dizer, que elas são como velhos e pontuais amantes, que mesmo com seus sobretudos, molham-se na chuva, mas estão a postos, para o abraço na estação...
É assim o riso do mandacaru no Sertão. Um poema que tem rimas que fazem a cabrocha da janela, olhar pra si e alhures, ainda mais, naquele que pensa nela...
A flor do cacto, nesses trópicos nordestinos, fez de Zé Dantas poeta, compositor. Despertou os solfejos de concertinas, fez dos toques em pé-de-serra, dançar-se em salas de reboco...
J.E.S.




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