CONSERVADORES vs PROGRESSISTAS
A maioria da população, essa
massa humana silenciosa, absorta em seus trabalhos penosos e em seus sonhos,
que foi afastada do “paraíso” pelo pecado original, ofereceu um terreno
propício para os padres e para os profetas que lutam contra os padres; para os
reis e para os rebeldes que lutam contra os reis; para os curandeiros da
miséria humana dentro dessa prisão. “Com os imperadores, vieram os mascates da
liberdade; com os organizadores da humanidade cativa nasceram os prostitutos da
política, os Barrabases, a canalha dissimulada de oportunistas; Pecado e Crime
contra a lei, e os juízes do Pecado e do Crime e seus carrascos, a supressão
das liberdades incompatíveis com a vida na prisão e as Associações para as
Liberdades Civis na prisão.” (Wilheim Reich).
Surgiram os exploradores e
os explorados, inicialmente através da força bruta, mais tarde a inteligência
e, finalmente, a política. Todos conservadores.
Desse amálgama pantanoso se formaram as grandes
corporações políticas chamadas “partidos”, alguns dos quais defendem o que
chamaram status quo na prisão, os
chamados “conservadores” (que se esforçaram por manter as leis e os
regulamentos que tornavam possível a vida na prisão) e, opondo-se-lhes, os
chamados «progressistas», que combateram, sofreram e morreram nas galeras por
terem preconizado mais liberdade na prisão. Aqui e ali, os progressistas
conseguiram destituir os conservadores e começaram a estabelecer «Liberdade da
Prisão» ou «PÃO E LIBERDADE na Prisão». Mas como ninguém podia «dar» ao imenso
rebanho humano o pão e a liberdade, pois era preciso trabalhar duro para obtê-los,
os progressistas rapidamente se transformaram em conservadores para manter a
ordem e a legalidade, como os conservadores haviam feito antes deles. (Wilheim
Reich)
Particularmente, não creio que “progressista” seja
antagônico ao conservador, mas um instrumento apenas.
Um líder deve ser conservador para manter seu poder e
acumular riquezas para comprar as ideias progressistas e aumentar,
indefinidamente, seu poder e riquezas.
Por que ainda não dispomos da cura do câncer, da AIDS, da
cárie dentária e de outras dezenas de doenças? E por quê, ainda, grande parte
da população tem fome?
Essas perguntas têm resposta simples, mas qual a resposta
para o enigma proposto por Rousseau em seu “Contrato Social” onde ele diz que
“há muito tempo, há alguma coisa que acontece no interior da sociedade humana
que torna impotente qualquer tentativa de esclarecer este enigma, bem conhecido
de todos os líderes da humanidade ao longo de milênios: o homem nasce livre,
mas é como escravo que ele passa a sua vida”.
Todos nós sabemos onde está a saída dessa prisão, mas os
poucos que se movem em sua direção são declarados loucos ou criminosos e, se
alguém tentar sair, alguém irá matá-lo.
A riqueza acumulada pelo 1% mais abastado da
população mundial agora equivale, pela primeira vez, à riqueza dos 99%
restantes.
Essa é a conclusão de um estudo da organização
não-governamental britânica Oxfam, baseado em dados do banco Credit Suisse
relativos a outubro de 2015.
O relatório também diz que as 62 pessoas mais ricas do mundo
têm o mesmo em riqueza que toda a metade
mais pobre da população global.
Somos progressistas?
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