domingo, 23 de julho de 2017

ALBATROZ - Débora Raquiel



Albatroz eu te invejo libertino,
nesse voo de amor que desenlaças,
meu amor é escravo, não tem asas,
peregrina entre o algoz e a senzala.
Entre beijos...correntes e açoites,
No abraço um chicote a estalar,
Albatroz, me empresta tuas asas,
feito ave vadia vou dançar...
desenhar nesse céu, meu infinito,
enfeitar de poesia meu destino,
Alforria esse amor que é clandestino,
que carrega um abismo em cada mão.
Faz teu pouso, me ampara, alivia...
essa dor que macera o coração.
Ave alada, aniquila o meu degredo,
Se pequei por amar quem não devia,
Eu amei uma lua em segredo,
Sem remorso, sem culpa, foi paixão...
Revogando esse caos, ave ligeira,
Proclamai em voz alta meu perdão,
arrebenta as correntes dessas portas,
Acalmai esse mar que mora em mim,
Meu império será a liberdade,
meu decreto é amar sem ter mais fim.




Débora Raquiel Lopes



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