quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Um cabaço num pau dependurado Guarda a água da seca nordestina - Hélio Crisanto


Num lamento resmunga a natureza,
Um burrego faminto cambalêia,
Uma cobra com fome serpenteia
Procurando em vão a sua presa.
A cacimba cavada na represa
Não tem água sequer que molhe a tina
E o caboclo cansado se amofina
A caatinga resseca e morre o gado
Um cabaço num pau dependurado
Guarda a água da seca nordestina
(Hélio Crisanto)









Num lamento resmunga a natureza,
Um burrego faminto cambaleia,
Uma cobra com fome serpenteia
Procurando em vão a sua presa.
A cacimba cavada na represa
Não tem água sequer que molhe a tina
E o caboclo cansado se amofina
A caatinga resseca e morre o gado
Um cabaço num pau dependurado
Guarda a água da seca nordestina

Um comentário:

  1. Um deserto que invade a caatinga
    Num calor que resseca e racha o chão
    Tece um quadro de penúria no sertão
    E só as dores de lamentos é que vinga
    Regados do suor que o pobre pinga
    Na estrada tirana dessa sina
    E um destino insano e desgraçado
    Tange o homem de sede, mata o gado.
    Um cabaço num pau dependurado
    Guarda a água da seca nordestina

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