sábado, 24 de dezembro de 2022

PALAVRAS DE UM E.T. - Heraldo Lins

 








PALAVRAS DE UM E.T.


Horrível é ficar registrando as ações humanas. Elas são tão insignificantes que sinto até vergonha de estar falando delas. Os seres humanos vivem para o luxo, para a miséria, e precisam beber e depois urinar, comer e depois defecar. Vejam que coisa mais primitiva. Se eles não jogassem fora o que bebem e comem, nem precisariam gastar muito para se manterem vivos. 

Nós, extraterrestres, crescemos através da energia do sol e nos alimentamos com o ar. Vivemos a vida pensando em descobrir formas de nos perpetuarmos que não estejam ligadas ao consumo.  

O primitivismo dos humanos está tão arraigado em sua cultura que passam o tempo todo se preocupando com as feridas conseguidas no dia a dia, entretendo-se com dores, inchaços, vômitos nem tendo tempo para evoluir. Quando eles não estão comendo, bebendo, procriando, ficam perdidos. 

A nossa vantagem, é que nem precisamos de carinho ou outras aberrações que eles precisam, principalmente quando chega o Natal isso fica muito evidente através da repetição de palavras vazias de boas festas para agradar e serem agradados. 

Tentam, desesperadamente, construir uma carreira que só serve para que sejam reconhecidos como sendo uma pessoa boa, ou inteligente, ou generosa, mas isso não impede que as bactérias se alimentem de um Doutor do mesmo jeito que se alimentam de um desmiolado.   

Não saíram e nunca sairão do ovo em que nasceram. Permanecem dando uma atenção acima do necessário a coisas que servem somente para desviá-los da própria mediocridade. Inventam mitos, graduações, títulos, entretanto nem sabem conviver com a morte. São uns desgraçados! 

Para dar sentido à vida, inventaram o domingo, o feriado, passagem de ano, Natal, só que tudo permanece como antes. Pensaram que estratificando o tempo em festinhas imbecis poderiam encontrar respostas. 

Aqui de cima sabemos tudo que passa na mente dessa corja, inclusive que permanecem se iludindo achando que são importantes sem se dar conta que estão sendo apenas pó num contexto de bilhões de galáxias. 

Quando criança, brigam por brinquedos e depois por primeiros lugares tentando conseguir um parceiro ou parceira com exclusividade. Se eles nos escutassem, tudo era de todos, igualmente fêmeas e machos ficariam dispostos em fila bastando decidir quem com quem iria se acasalar. Mas não, preferem se iludir com casamentos, filhos, bens, para depois ir gemer em cima de uma cama de hospital sem saber nem sequer quem são. 

Por mim, mandaríamos uma bomba de depressão mais forte da que estamos enviando para apressar os casos de suicídio em massa. Seria mais rápido, entretanto o conselho interestelar negaria a nós o prêmio de agentes destruidores da peste humana. 

Parece até brincadeira de gato e rato, já que nos relatórios universais está constando que eles só servem para ser refeição de outros carnívoros. O que foi deliberado é exterminar de vez esse lixo universal através da covid-19.

Nós somos os criadores desses vírus, para quem não sabe, e os humanos nem se dão conta que a guerra já começou, faz tempo. Desta vez, nós iremos ganhar. Mandamos nossos agentes mortíferos por volta do ano de 1348 acoplados nos piolhos dos ratos, contudo eles descobriram logo cedo e não obtivemos êxito. 

Mas agora é diferente. Já vínhamos treinando nossos agentes secretos há quatro anos para infectar só alguns, mas a partir de janeiro de 2023 iremos exterminá-los utilizando a estratégia da adaptação rápida. 

Peço que neste final de ano, aglomerem-se, abracem-se e transmitam nossos soldados para outras trincheiras. Acredito que logo logo estaremos com todos os nossos objetivos concluídos.

Cuidado com quem deseja feliz ano novo porque é um dos nossos disfarçados de vocês. Estou só dando essa dica para que conste no relatório que tiveram sim, chance de defesa. 


Heraldo Lins Marinho Dantas

Natal/RN, 24.12.2022 – 10h27min.



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