segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CONFERÊNCIA ESTADUAL DE CULTURA OU DESCONFERÊNCIA ESTADUAL DE CULTURA? - Marcos Antônio





Bem pessoal!  Como falei anteriormente vou tentar aqui  justificar o porque estou chamando o que deveria  ser a Conferência Estadual de Cultura, de DESCONFERÊNCIA. Serei o mais simples possível nas palavras na tentativa de expor com clareza a desorganização  e a  FALTA DE RESPEITO ao qual fomos submetidos na DESCONFERÊNCIA:
1 – Primeiro! Tinha sido marcado a Conferência para os dias 16 e 17 deste mês, sendo que até o dia 15 o Governo não havia entrado em contato com nenhum delegado, ou seja, queria que nós adivinhássemos o LOCAL, HORA E A DINÂMICA DA CONFERÊNCIA. Após várias reclamações, inclusive nossa aqui de Santa Cruz, resolveram remarcar a data para os dia 26 e 27, dar para acreditar?
2 – Foi informado que teríamos uma abertura oficial no TAM, o que esqueceram de avisar,  era que a sala só cabia de 40 a 50 pessoas, sendo que só delegados eram mais de 200, assim sendo a grande maioria ficou no lado de fora, sem poder adentrar o espaço para acompanhar a abertura do evento que democraticamente fora eleito para participar.
3 – Na tal Abertura Oficial não tivemos a presença de nenhuma autoridade seja do Governo do Estado, seja da Fundação José Augusto, enviaram para os representar o SUB, DO SUB, DO SUB da Secretaria de Educação, que foi para lá encher linguiça, não dizendo nada com nada.
4 – NÃO tivemos direito a hospedagem, cada um se virava do jeito que dava, na casa de amigos, de um amigo do amigo e assim ia.

5 – NÃO tivemos direito a alimentação, com exceção de um almoço, sem direito a alternativa, ou vc comia frango ou comia frango de novo.
6 – NÃO tivemos direito a transporte, com exceção de 04 ônibus em fim de carreira, onde ia de 60 a 70 conferencistas, inclusive senhoras e mulheres gravidas passando mal.
7 – NÃO foi disponibilizado para nós o Regimento Interno, nem a programação. Nas pastas só continha um bloco de anotações e uma caneta e nada mais.
8 – NÃO foi feito a divisão das categorias; Sociedade Civil, Poder Público, Convidados e Observadores, o que gerou muita confusão na hora das votações.
9 – Municípios que realizaram suas conferências, não conseguiu cadastrar seus delegados devido à organização não conter a relação.
10 – Municípios que não realizaram a Conferência Municipal de Cultura conseguiram cadastrar pessoas na Estadual.
11 – NÃO tivemos representantes do Ministério da Cultura.
12 – NÃO tivemos na plenária nenhum representante da Fundação José Augusto, nem do Governo do Estado, ou seja, não tínhamos com quem debater, era agente com agente mesmo e ponto final.
13 – Iniciou-se a leitura do Regimento sem que ninguém tivesse acesso, nem uma projeção tinha sido providenciado, até a intervenção  da plenária, sendo então providenciado a projeção com quase 01 hora de atraso.
14 – O Estado não tinha a relação dos Municípios que realizaram as Conferências Municipais, ou seja, não estava preparado para o número de delegados que lá apareceu, nem tão pouco confrontar se aquelas pessoas eram de fato delegados.
15 – NÃO havia tinta nas impressoras para imprimir as propostas que foram enviadas pelo os municípios, quem tinha computador e PENDRAIVE conseguiram fazer alguma coisa, quem não tinha sabe Deus como fizeram.
16 – O espaço da Plenária só cabia em média 150 pessoas, sendo que tínhamos quase 300 pessoas, muitas ficaram em pé e o calor era insuportável.
17 – Quando foi feita a divisão dos grupos de trabalho, o problema passou a ser a falta de salas para esses grupos se reunirem.
18 – O Regimento Nacional foi a todo momento descumprido.
19 -  NÃO discutimos os gargalos da politica pública do Estado para a cultura, o que fizemos foi as pressas elaborar e aprovar 04 propostas para enviar a NACIONAL.
20 – Tivemos delegado do Poder Público sendo eleito como Sociedade Civil, o que é proibido pelo o Regimento Nacional.
21 – E pra fechar com chave de ouro os OBSERVADORES que pelo o Regimento Interno não tem direito A VOZ E VOTO, falaram, votaram e até concorrerão para Delegado Nacional.
Podem ter certeza que me sinto extremamente constrangido relatar isso para os senhores e senhoras, são coisas tão pequenas e mesquinhas, mas juntando tudo, dar para vcs terem uma ideia de como fomos tratados. Eu, constrangido com o descaso ao qual estávamos sendo submetidos, pedi questão de ordem, fiz um desabafo e ao final propus que nos retirássemos do plenário e fôssemos a frente da Fundação José Augusto, chamaríamos a imprensa  e faríamos  um grande protesto, elaborava um documento ao Ministério da Cultura, relatando o ocorrido e pedindo que o mesmo permitisse o Governo do Estado realizar uma nova Conferência, aí faríamos um documento para Governo do Estado pautando como deveria ser a conferência. Diante de todo DESRESPEITO, DESORGANIZAÇÃO e CANALHICE que estávamos enfrentando, penso que era a única forma de dizer ao Governo que não aceitávamos esse tipo de tratamento, porém os companheiros da mesa, com a alegação de que não tinha mais tempo hábil e que o Ministério não iria autorizar uma nova conferência convenceu a plenária a continuar com a DESCONFERÊNCIA e como vivemos no processo democrático, assim continuamos. Só acho que enquanto nós mesmos não nos valorizarmos, jamais o Poder Público irá valorizar, continuar com a DESCONFERÊNCIA, foi ao meu ver corroborar com o Estado “que a cultura seja tratada as tralhas”. Não dá mais para aceitar que sejamos refém das normas estabelecidas, do pragmatismo, da conveniência. Penso que só mudaremos essa realidade se de fato tivermos coragem de enfrentar o Poder com coragem, sem medo de perder coisas pequenas aqui, para ganhar coisas grandes ali. Lamento por a gente ter dado prioridade a eleger delegados para ir a Brasília do que discutir com seriedade a implantação de Política Públicas e antes que algum conferencista que lá estava discorde:  eu pergunto, qual foi a discussão seria que tivemos nessa DESCONFERÊNCIA? O que de fato nós construímos? E para os senhores e senhoras que lá não estiveram, para a sorte de vocês, logico, eu pergunto: dá para chamar isso de CONFERÊNCIA? Ou eu estou certo em dizer que o Estado do Rio Grande do Norte realizou uma DESCONFERÊNCIA?

SÓ ESPERO QUE NÃO TENHAMOS QUE PASSAR POR ISSO OUTRA VEZ.... e convoco a todos que fazem cultura nesse Estado a devolver ao nosso Governo com juros e correção monetária O TAPA NA CARA que ele nos deu...

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