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domingo, 12 de janeiro de 2014

SOBRE DINAMÉRICO SOARES, UM RETORNO AO PASSADO





MEU RETORNO AO PASSADO
1
Estava eu numa fila
Na rotina mergulhado
Quando alguém no celular
Me fez voltar ao passado
Era a voz de Eliel
Que me pedia um cordel
Sobre o primo/irmão amado.
2
Dinamérico, Eliel
Foram senhas e passagens
Guias que me conduziram
Nessas íntimas viagens
De imagens que cresceram
De sons que me envolveram
Como se fossem miragens.

3
Ali, na fila do banco
Fui ao baú do passado
Sacar algo precioso
De valor não calculado
Que se deve entesourar
E não se pode deixar
Num banco depositado
4
Falo dos dias da infância
Da juventude fugaz
Dos dias bons que tivemos
Os quais não teremos mais
Lembrei de amigos brilhantes
Dino, um dos mais importantes
Ao qual não verei jamais.

5
E retornei a Cuité
Voltei à adolescência
Um sentimento sublime
Invadiu-me a consciência
Dias às vezes medonhos
Porém repletos de sonhos
Dignos de reverência.

6
Falou-me de uma crônica
Que seu irmão escreveu
Sobre a minha pessoa
E isso me comoveu
Recordei a amizade
E a grande fraternidade
Que sempre nos envolveu.
7
Eu e Dino, caçadores,
De aves de arribação
Que esvoaçam trinando
Nos céus da inspiração
embevecidos guardamos
nas gaiolas que criamos
aves da imaginação.
8
As tardes ficavam curtas
E as manhãs mais serenas
Sem saber nós imitávamos
Os filósofos de Atenas
E as saudáveis discussões
Geravam reflexões
Poemas e cantilenas.
9
Extraíamos o mel
Que a poesia tem
Assentados na bodega
Flutuávamos além
Respirando novos ares
Lá em Seu José Soares
e em minha casa também.
10
No geral Dino era um homem
De agradável convivência
Fiz amizade com ele
Durante a adolescência
Seus escritos me mostrava
E eu os elogiava
Pela sua inteligência.

Autor: Gilberto Cardoso dos Santos


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