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quinta-feira, 13 de junho de 2024

NEM SEMPRE SE IGUALAR DÁ CERTO

 


NEM SEMPRE SE IGUALAR DÁ CERTO 


O dia raiou, o galo cantou, o boi mugiu... outros animais também expressaram sua forma de comunicação buzinando, cantando, atirando... de forma que o mundo do barulho acordou para mais uma jornada. 


Durante o caminhar das horas, teremos nascimentos, mortes etc. O certo é que há uma muvuca em andamento chamada vida, e para atender aos críticos, concordamos com eles quando apontam que até agora nada de novo foi dito. 


Todos sabemos ou temos noção daquilo que vem pela frente, salvo alguns imprevistos apresentados por Deus ou pelo Diabo,  dependendo do ponto de vista como se encara as bençãos ou "as coisas do cão", como dizem os religiosos. 


Até parece que adentramos num mundo proibido, pois só em falar o nome do representante do mal isso já expulsa muitos leitores da página. Vale salientar que a bíblia defende um só Deus, porém registra vinte e dois nomes diferentes para o mal: Lúcifer, Belzebu, e por aí vai. 


Nesse emaranhado de crenças, está o humano carregando os porquês de tanto se encomendar a Deus, e acontecer, justamente com ele, acidentes, doenças, escassez de tudo que ele almeja. 


Neste momento, por exemplo, o responsável por estas linhas tenta chegar ao final do texto de forma concisa enxugando o que for possível para não fugir do foco, mas não depende só dele. As reviravoltas fazem a festa apresentando vários caminhos que o escritor pode seguir, e se ele optar por algo que atinja alguém na sua crença, tanto religiosa quanto cultural, pronto, acabou-se o encanto.  


"Vigiai...", diz o Livro Sagrado, por isso que todo cuidado é pouco quando se expõe algo, e nem todo mundo se atenta para isso. Quem vai ter acesso ao conteúdo faz suas próprias avaliações e até dá uma nota de zero a dez de acordo com sua posição de gênero, cor, idade, poder...


Todos têm o seu filme rebobinado diariamente, e para fugir um pouco disso, o fulano resolveu acessar uma plataforma de canais de vídeos onde encontrou uma adolescente falando da sua primeira menstruação.  


Ele é das antigas, e no tempo dos seus   namoros só se ouvia falar disso de forma sigilosa. Para ele, foi uma grande novidade assistir uma menina-moça relatar a própria experiência de sangue na calcinha.


Ficou admirado como ela de forma simples narrava o acontecimento, até que, subitamente, ele desligou o celular rindo ao ouvi-la perguntar: "... e aí!, como foi sua primeira menstruação? Conte aqui nos comentários..." 


Heraldo Lins Marinho Dantas 

Natal/RN, 13.06.2024 -05h48min.

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