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domingo, 9 de junho de 2019

MEIZINHAS DE “CABOCO” (José Alves Sobrinho)

Ilustração do livro Sabedoria de "caboco"

MEIZINHAS DE “CABOCO” (José Alves Sobrinho)

I
Jurema-preta, agrião,
Angico-branco, bardana,
Cardo-santo, oitú, badiana,
Pimenta-dágua, pinhão.
Begônia, barbatimão,
Carqueja, carobaçu,
Carnaúba, mulungu,
Jurubeba, juazeiro,
Manjerona, marmeleiro,
Umburana e cumaru.

II
Japecanga, jamelão,
Jalap, salsaparrilha,
Malagueta, maravilha,
Maria-preta, jalão,
Mamona, manjericão
Manacá, majerioba
Parreira, paraparoba,
Anil, aroeira, angélica,
Babosa, arruda, arcangelica
Marva-branca e maniçoba.

III
Jaborandi, jatobá,
Tento, tejuco, timbó
Guaraná, guaratimbó
Fedegoso e mancá
Musambê, malva, jucá,
Jurema-branca, jasmim
Alcoforreira, capim,
Erva-moura, nhandiroba,
Endro, mastruço, caroba,
Pega-pinto e alecrim.

IV
Raízes de marmeleiro,
Chá de folha de mamão,
Hortelã, manjericão
Entrecasca de cajueiro
Urtiga, fava-de-cheiro,
Bom-nome, favela-braba
Folha e raiz de goiaba,
João-mole, angico, aroeira,
Alfavaca, catingueira,
Mapirunga e catuaba.

V
Cebola-branca, gitó,
Carrapateira, urucana,
Mata-fome, jitirana,
Beldroega, ipê, oró,
Canafístula, timbó,
Pau-de-resposta, alfavaca,
Burinhen e quebra-faca,
Capim-santo, goiabeira,
Sucupira, quixabeira,
Pau-ferro e feijão de vaca.

VI
O doente tendo fé,
Usava como alimento
Banho, lavagem, unguento,
Xarope ou escalda-pé,
Ou tomava no café
Conforme fosse a receita,
Pois quem está fraco respeita
A voz de quem é mais forte
Quem está nas portas da morte,
Qualquer remédio ele aceita.


Capa do exemplar de onde transcrevi o poema acima:

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