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sexta-feira, 29 de março de 2019

PROEZAS DE UM BABÃO (Literatura de Cordel)



O chaleira, o puxa-saco,
O corta-jaca, o babão
São frutos do mesmo cacho
Sementes do mesmo chão
São peças do mesmo jogo
São cinzas do mesmo fogo
Todos têm pauta com o cão.

São pedras da mesma trempe
São gente da mesma laia
Pêlos do mesmo sovaco
Atletas da mesma raia
Tacos da mesma sinuca
Varas da mesma arapuca
São piores que lacraia

Areia da mesma praia
E praias do mesmo mar
Tem a mesma consciência
Das quengas do lupanar
Tijolos do mesmo muro
Ratos do mesmo monturo
Redes do mal balançar.

Ninguém pode se livrar
Das astúcias de um babão
Porque é capaz de tudo
Para agradar ao patrão
Lambe chão, escova bota
Só para ver a derrota
De alguém da repartição.

Todo local de trabalho
Tem um sujeito babão
Que vive dependurado
Nos testículos do patrão
Chama a todos de colega
Mas na hora da entrega
Delata até um irmão...

É um Coxinha da vida
É uma arapuca armada
Pra ver o chefe contente
Vive de contar  piada
O chefe finge que ri
Sabendo que aquele ali
E uma barca furada.

É o primeiro que chega
O derradeiro que sai
Se o patrão chama ele vem
Se o chefe manda ele vai
Agrada os superiores
Pra bajular os “doutores”
A própria mãe ele trai.

(...)
ADQUIRA O FOLHETO E DESCUBRA O DESFECHO DESSA HISTÓRIA SENSACIONAL.
 Cordel escrito em parceria pelos poetas JOTA BATISTA e ARIEVALDO VIANNA


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