Aos meus pais e irmãos, minha grande fonte de equilíbrio, minha força, a
essência primordial
Devia ter um outro nome o meu estado de sítio, essas paisagens, passagens de cerca de aveloz, a casa em ruínas, o mato morto, a água morta, morta a infância. Devia rever o meu umbigo
ainda intacto, enterrado na porteira do curral, as vozes dos meus irmãos, o meu pai e seus versos, suas brincadeiras de pegar cobra verde, as minhas irmãs trancadas, brincando de bonecas, a minha mãe ( e sua máquina ) a costurar
oito vidas, ponto por ponto
pespontos, arremates, cerzidos, moldados em sonhos que nunca ousou revelar. Devia doer menos em mim, esse meu estado de sítio.
Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”