Na beira da praia criança sem vida
futuro frustrado, três anos de idade,
tentava salvar-se da ferocidade
da falta de afeto de gente homicida
o barco que afunda na triste partida
levando a família que tenta escapar
o pai em vão tenta seus filhos salvar
e perde a esposa, dois filhos, parentes
de seres aflitos clamando impotentes
só restam os corpos na beira do mar.
A frágil criança que ainda vivia
na fase dos sonhos, de plena inocência
brincava no bote sem ter consciência
do drama cruel que aos pais afligia
a mãe o beijava e às vezes sorria
querendo seus medos em vão controlar
o pai o abraçava tentando inculcar
sementes de fé, bondade e esperança
trazendo enganoso consolo à criança
em breve entregue às ondas do mar.
O mundo padece por causa de crenças
de gente que julga deter a verdade
em nome do bem praticam maldade
não são tolerantes com as diferenças
pessoas padecem por tais desavenças
e o crime no mundo parece avançar
os bons já não sabem a quem apelar
e dupla é a face da imigração
por causa dos traumas da religião
a morte galopa na terra e no mar.
A cena comove: o corpo caído
inerte, sem vida, parece dormir
artistas do mundo tentaram exprimir
a morte precoce do ente querido
o mundo se espanta pois falta sentido
ver uma criança tão meiga tombar
da indiferença vem nos despertar
pois mostra o risco que todos corremos
se não nos unirmos jamais venceremos
o mal que galopa em todo lugar.
Com lágrimas quentes escrevo estes versos
Palavras se entalam na minha garganta
A barbaridade do mundo me espanta
Maldade e cegueira dos homens perversos
Enfrenta o planeta problemas diversos
E o homem não sabe que rumo tomar
O vil fanatismo precisa parar
De em todo o planeta impor o terror
Queremos Justiça, a Paz e o Amor
Cantando galope na beira do mar.
Parabéns Gilberto Cardoso Dos Santos, sensacional a poesia.
ResponderExcluirGilberto, vc tem uma alma sensível e por meio das palavras transborda sentimentos engasgados por todos nós! !!!
ResponderExcluirParabéns por ser assim! !!!
Use com sabedoria!!!
Parabéns Gilberto Cardoso Dos Santos.
ResponderExcluirÉ preciso conter o fanatismo religioso, esse mal que degrada o mundo
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ResponderExcluirAmigo, Gilberto, parabéns pelo seu relato em versos em galope de uma sena triste a que o mundo viu nos últimos dias. Isto é apenas um sena de tantos golpes ao direito a vida humana, vitimados por descompasso em eixo e por capricho severo de meia dúzia de humanos protagonista que fixa em mente de que neste jogo da vida, só somente só... pensa em si só... ou meia dúzia...ou seu redor... tem o direito de vencer e viver neste planeta terra, não considera seus compatriotas membro e parte deste jogo, daí o que si ver povo valido, vencido e morrendo. Jadson Umbelino
ResponderExcluirSensibilidade de um poeta, palavras que transpassam o coração por serem exatas e verdadeiras. Parabéns, meu amigo Gilberto Cardoso.
ResponderExcluirNelson Almeida.