Mote de Hélio Crisanto, glosa de José Ferreira Santos
Eu aprendi a ler no Pajeú
Na cartilha dos três irmãos Batista
Nas rimas de Cancão gastei a vista
Fiz ginásio com Manoel Xudú.
pesquisei pelo vale do Assú
Santa Cruz lapidou minha poesia.
APOESC foi minha academia
E assim meu estudo se completa
Se eu tirar meu diploma de poeta
Nunca mais cantador me desafia.
O meu nome não tem a referência
de um vate que seja antepassado
Minha escola, já disse, é o roçado,
é a vida e a minha consciência.
O meu vulto não tem a saliência
nem o sangue pertence a fidalguia
Mas se tenho na veia a poesia
Vou deixa-la fluir como um asceta
Se eu tirar meu diploma de poeta
Nunca mais cantador me desafia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”