Rua almejada, querida, estimada...
És palco de lembranças, no sargaço dos meus olhos,
No cansaço dos meus prantos...
És meiga, fraterna, eterna...
Rua das manhãs molhadas, no braço dos operários,
No calejar das mãos e na conquista do pão.
Rua das tardinhas ensolaradas, no seu pranto e no seu dó,
No abrasador do sol, e nos pingos de suor...
Rua almejada, querida, estimada,
No arco-íris dos céus, e nos lírios desses véus...
Rua das noites, noitinhas de serenatas, na algazarra das
crianças,
E no sossego dos pássaros.
Sabes?... Aqui pousam natos poetas, vivos e eternos,
Alados, alados como um pássaro, cantando poesias,
Poesias de outrora, que te marcaram, que te consolaram...
Ah!... Poesias, poesias que choram...
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