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terça-feira, 7 de agosto de 2012

MEU CONTO - Alessandro Nóbrega

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Queria contar um conto em que todos pudessem ficar felizes. Em que a tempestade abrisse, para o sol no mais alto céu brilhar sobre meus ombros. Um conto que acalmasse as ondas do mar e as crianças pudessem brincar tranquilas na praia, colhendo as conchas para mais tarde brincar em casa. Queria contar um conto em que todos vissem seus sonhos serem possíveis. Em que aqueles que buscam sua paz de espírito tranquilizassem seu coração. Que cada impossibilidade se tornasse a mais possível realização. Queria contar um conto em que o riso fosse a verdade mais profunda da alma e que ele não deixasse o rosto de quem está triste nunca mais derramar lágrimas. Que o meu conto pudesse ser uma oração a felicidade. Escreveria assim, numa tarde como essa vendo o sol se pôr. E colocaria ponto final nas tristezas, nas violências e no desamor. Nele não caberia nenhuma palavra triste ou grosseira, apenas as doces palavras que acalentam e que seletivamente escolheria no livro da vida. Assim seria meu conto.

3 comentários:

  1. Alessandro,

    Pela beleza, a suavidade, a sutileza e o enlevo dessas palavras, você não precisa mais escrever tal conto; tudo já foi brilhantemente posto!

    Parabéns!

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  2. Aí seu conto seria uma bela poesia, como essa, em prosa, que agora aprecio! Bravo!!!!!

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  3. Obrigado pelos comentários amigos. Sempre generosos, como os amigos devem ser.

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