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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

HISTÓRIAS DE CANTORIAS – Hélio Crisanto


 
Certa vez o poeta Manuel Xudú irritado com um sujeito que insistia em interromper a cantoria lhe oferecendo cachaça fez o seguinte verso de improviso:

o seja tão imprudente
Deixe findar a peleja
Como é que eu posso cantar
Tocar e beber cerveja?
Quem tem três gosto é cachorro
Que corrre, late e fareja

O poeta Pinto de Monteiro considerado o maior dos repenstistas, ao iniciar uma cantoria fez o seguinte verso para o dono da casa:

Amigo dono da casa
Avise a sua senhora
Se tiver galinha gorda
Meta o pau e mate agora
Que um pinto comendo a mãe
Quem nunca viu vê agora

Desconheço a autoria desse  verso, onde o cantador inconformado com um sujeito que ao invés de dinheiro colocou um jerimum em sua bandeja:

Me deram um jerimum caboco
Desses de ponta de rama
Era mole que nem lama
Tinha água que só côco
Criado em cima de um tôco
Três palmos acima da terra
Encarnado que só guerra
Tinha gosto de cupim
Foi o jerimum mais ruim
Que deu na aba da serra

Um comentário:

  1. Dizem que certa vez, um sujeito pregava para Patativa do Assaré e ele se saiu com essa:

    Quem inventou o diabo
    deve ser muito inteligente
    pôs chifre, esporão e rabo
    pra meter medo na gente.

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Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”