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sexta-feira, 15 de junho de 2012
OUVIR O MAR - Alessandro Nóbrega
À noite, ouvir o mar
Me embala o sonho
Ouço as ondas beijar os arrecifes
E insistindo em voltar
Conto algumas
Os pensamentos, como o olhar,
Se perdem nas espumas das ondas que se quebram
Fragilmente como a vida
Ou como a rede do jangadeiro que esperançoso a lança sobre as águas
O que trará do silencioso fundo do mar?
O canto da sereia para embalar seus sonhos?
O apito do velho navio soa despertando a pobre ave que descansa sobre a proa
Singra mar adentro a jangada
Vai o Jangadeiro buscar seu sonho
Tudo é possível quando se esconde depois do horizonte
Até o tempo o deixa em paz
Na areia, em olhar discreto, os amantes se despedem antes do raiar
Com promessas de reencontro na próxima lua cheia.
Só a areia por testemunha de seu amor
Memoria escrita no lugar onde o vento guarda em finas camadas que move
Agora em casa, guarda o jangadeiro
O oceano em sua janela
Belíssimo! Apreciei essa obra de arte ouvindo Whitney Houston. Aí você viu no que dá, né?
ResponderExcluirMuito bela poesia Professor e poeta Alessandro, dá gosto de ler. Parabéns!!!
ResponderExcluirAmigo , uma vez mais, através deste poema, você se expressa numa linguagem elaborada, refinada, límpida, bem estruturada e espalhada de singulares visões, de surpreendentes metáforas. ADORO!!!
ResponderExcluirQue lindooo! Muito bom!
ResponderExcluirGOSTO DESSE TIPO DE POESIA, POETAS MARAVILHOSOS TEM POR AQUI.
ResponderExcluirANA AMÉLIA
Poema maravilhoso! Parabéns Alessandro.
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