AUTORES

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Cientistas criam fígado a partir de células-tronco


Procedimento renova esperança de que no futuro será possível desenvolver órgãos artificiais e transplantá-los em pacientes

Cientistas japoneses criaram um fígado humano a partir de células-tronco
Cientistas japoneses criaram um fígado humano a partir de células-tronco (Getty Images)
Cientistas japoneses anunciaram nesta sexta-feira que conseguiram criar um fígado humano a partir de células-tronco. O sucesso do procedimento renova a  esperança de que no futuro seja possível desenvolver órgãos artificiais e transplantá-los em pacientes.

Uma equipe de cientistas dirigida pelo professor Hideki Taniguchi, da Universidade de Yokohama, transplantou células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) no corpo de um rato. Ali, elas cresceram até se converterem em um pequeno, mas funcional, fígado humano.

Células-tronco são frequentemente retiradas de embriões, que são então descartados, prática que enfrente objeções na comunidade acadêmica e na sociedade. Já as células iPS podem ser extraídas de indivíduos adultos. O resultado alcançado da pesquisa foi divulgado no jornal japonês Yomiuri Shimbune será apresentado em uma conferência acadêmica que acontecerá no Japão na próxima semana.
Experimento — A equipe do professor Taniguchi transplantou as células iPS na cabeça de um rato para aproveitar o alto fluxo de sangue do cérebro. Depois disso, segundo relatam os cientistas, as células iPS se transformaram em um fígado humano de cinco milímetros, capaz de produzir proteínas humanas e de decompor medicamentos.
O jornal Yomiuri Shimbun divulgou que a descoberta da equipe de Taniguchi é uma "ponte importante entre a pesquisa básica e a aplicação clínica, mas encara vários desafios antes de ser colocada em prática". Taniguchi não quis se pronunciar sobre o assunto antes da apresentação do trabalho no evento científico, que acontecerá na próxima semana.


As células iPS foram descobertas em 2006 por duas equipes distintas, uma dos Estados Unidos e outra do Japão.

(Com Agência France-Presse)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”