quinta-feira, 1 de maio de 2025

APELO AOS TRABALHADORES - Manifesto Sanitarista (Gilberto Cardoso dos Santos)

 


APELO AOS TRABALHADORES - Manifesto Sanitarista

(Gilberto Cardoso dos Santos)


Trabalhadores, uni-vos

em prol de vossa saúde.

Não se tornem presas fáceis

Do capitalismo rude,

Vazio de compaixão.

É necessário pressão

Para que o sistema mude.

 

Trabalhadores, se unam

Em prol do bem coletivo.

Não ultrapassem limites.

Todo exagero é nocivo

E se torna degradante.

Saúde é muito importante

Num mundo competitivo.

 

Trabalhadores, uni-vos

Sem abrir mão das conquistas.

A saúde está no centro

Dos avanços trabalhistas

Nas mais diversas instâncias.

Não se prendam a ganâncias

Nem a pressões escravistas.


Trabalhadores, se unam

Por melhores condições.

No ambiente onde trabalham,

Se apeguem às instruções

Com positiva atitude.

Legislação de saúde

Não merece objeções.


Trabalhadores, procurem

Trabalhar como convém.

Deem o melhor de si

Sem se escorar em ninguém.

Evitem fomentar brigas,

Mas não sejam só formigas,

Sejam cigarras também.

 

Trabalhadores, se lembrem

Que em tempos não tão distantes

Operários trabalhavam

Em condições degradantes,

Domados, feito boi manso;

Cumpriam, sem ter descanso,

Jornadas extenuantes.

 

Busquem, pois, trabalhadores,

Nunca, jamais regredir.

Quanto àqueles que elegemos

É preciso refletir

Pra não dar tiro no pé,

Nem andar de marcha ré;

Das conquistas, mão abrir.

 

Trabalhadores, vivemos

Tempos de grande importância.

Há doença e exploração

No bojo da intolerância.

Lembrem-se desta verdade:

“O preço da liberdade

É a eterna vigilância”.


Contatos do autor: Fone 84 999017248

Gmail, Instagram e Facebook: gcarsantos


Livros de Gilberto Cardoso dos Santos:



13 comentários:

  1. Mestre Gilberto, oportuna e ampla reflexão!

    ResponderExcluir
  2. Nada melhor neste Dia do Trabalhador do que esta bela reflexão em poesia do grande vate paraibano-riograndense, Gilberto Cardoso.
    Refletir sobre a conjuntura dificil que temos enfrentado.
    Trabalhadores do mundo; uni-vos.

    Karl Marx

    Joao Maria de Medeiros Dantas dia

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, amigo educador, cordelista e cronista JMM.

      Excluir
  3. Que belo e necessário, de encher os olhos e a mente, parabéns! Liberdade e vigilância de andam juntas, é fato. Goretti Borges

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Agradeço-lhe pelas palavras encorajadoras, amiga.

      Excluir
  4. Fazer poesia em prol do trabalhador é exalar o perfume da mais perfumada flor, é valorizar o trabalho de todos os semelhantes, é levantar os semblantes calejados e muitas vezes humilhados por tirano opressor. Gilberto sabe com as letras dizer o que lhes convém, critica com maestria não usa de covardia, tem uma língua sadia, mas sem lamber ninguém. Até Deus ele cutuca buscando tudo entender, mesmo assim o admiro, pois é sincero e leal, só não será novo papa, por não ser um cardeal. - João Edilson Fontes

    ResponderExcluir
  5. Gratíssimo, amigo João, pela expressão de carinho, posta em versos engraçados - exagerou um pouquinho, mas sei o quanto é sincero - que a nossa amizade, espero, continue sendo um bom vinho! - Gilberto Cardoso

    ResponderExcluir
  6. Ótimo... parabéns Gilberto...vc fala em prol dos cidadãos que soma com o Brasil...que trabalha e honra nossa nossa pátria...

    ResponderExcluir
  7. Eu não ia comentar,
    Pois vi por derradeiro,
    Mas este verso certeiro
    Tenho que argumentar,
    Mesmo que não o primeiro
    Aqui vou compartilhar

    No trabalho desunido,
    O direito é desnutrido,
    Pois num "reino" dividido,
    Mesmo no dever cumprido,
    O coleguismo é corroído
    E o operário deprimido

    Não lhe falta comprimido.
    Do trabalho tão sofrido,
    Vê seu dinheiro repartido,
    Seu brilho é interrompido,
    O bom humor suprimido
    Em seu viver, sempre abatido.

    O tempo corre ligeiro
    E o empregador, faceiro,
    Fica mais endinheirado.
    Dá ao empregado um trocado,
    Um recurso ordinário,
    Ao qual chama de salário

    Da greve um indicativo,
    Dá-se cabo do sorriso
    E ao direito a prisão.
    Só um grupo bem unido,
    Com clamor bem combativo,
    Traz o patrão à razão

    Entre despesas, fatura
    Quer na mesa a fartura,
    Mas seu esforço é vão,
    Pois esquece do descanso.
    Como defende Deus e Gilberto,
    Não se você só de pão

    O trabalhador esperto
    Se dá bem ao descanso,
    Trabalha, mas não tanto
    Corre do multitarefas,
    Busca sempre equilibro
    Faz do descanso dia santo

    ResponderExcluir
  8. Um poema de Gonzaga Junior em resposta ao poema "APELO AOS TRABALHADORES - Manifesto Sanitarista" de Gilberto Cardoso dos Santos

    Eu não ia comentar,
    Pois vi por derradeiro,
    Mas este verso certeiro
    Tenho que argumentar,
    Mesmo que não o primeiro
    Aqui vou compartilhar

    No trabalho desunido,
    O direito é desnutrido,
    Pois num "reino" dividido,
    Mesmo no dever cumprido,
    O coleguismo é corroído
    E o operário deprimido

    Não lhe falta comprimido.
    Do trabalho tão sofrido,
    Vê seu dinheiro repartido,
    Seu brilho é interrompido,
    O bom humor suprimido
    Em seu viver, sempre abatido.

    O tempo corre ligeiro
    E o empregador, faceiro,
    Fica mais endinheirado.
    Dá ao empregado um trocado,
    Um recurso ordinário,
    Ao qual chama de salário

    Da greve um indicativo,
    Dá-se cabo do sorriso
    E ao direito a prisão.
    Só um grupo bem unido,
    Com clamor bem combativo,
    Traz o patrão à razão

    Entre despesas fatura;
    Quer na mesa a fartura,
    Mas seu esforço é vão,
    Pois esquece do descanso.
    Como defende Deus e Gilberto,
    Não se vive só de pão

    O trabalhador esperto
    Se dá bem ao descanso,
    Trabalha, mas não tanto
    Corre do multitarefas,
    Busca sempre equilibro
    Faz do descanso dia santo.

    ResponderExcluir
  9. Excelente comentário poético, amigo. É deste jeitinho! Parabéns e obrigado pelo feedback nota dez.

    ResponderExcluir

Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”