domingo, 24 de fevereiro de 2019

VERBO SERTANEJO - POEMAS (Zenóbio Oliveira)




O livro VERBO SERTANEJO é uma coletânea de 62 poesias de Zenóbio Oliveira das Aguilhadas. São sonetos, esparsas, cordéis e versos diversos que mostra o brilhantismo e a verve poética do autor.
A obra, de mais de cem páginas, poetiza sensações e experiências do poeta, que também usa a rima para fazer homenagem aos amigos.
Segundo o autor, “o gosto pela poesia herdei do meu pai, Francisco José de Oliveira, um homem de inspirações rurais que retratava de forma ímpar as alegrias e as amarguras de sua terra. As minhas primeiras leituras foram de seus poemas, o que me despertou para outros poetas dos mais variados estilos. Gosto demais da poesia com essência, de Vinícius a Ivanildo Villanova, de Antônio Francisco a Olavo Bilac”. E continua: “compreendo que a poesia é um ser de corpo e alma e ser poeta é compartilhar toda a inspiração que nos comporta, é, como diz Pinto do Monteiro, “tirar de onde não tem e botar onde não cabe.”                                     (FONTE: https://colecaomossoroense.org.br/site/2018/12/11/zenobio-oliveira-estara-lancando-seu-livro-na-proxima-sexta-feira/)


TRAJETÓRIA Me fiz estrada quando bem menino, E fiz estradas com os meus pés descalços, Neste chão bruto todos os encalços, Das penitências deste peregrino. Nova esperança em cada desatino, Marcha de fé pelos caminhos salsos, Alma afligida por amores falsos, Feridos pés nas farpas do destino. Perseverei pelas vicissitudes, Enquanto afoitas minhas atitudes, Quando os desejos possuíam asa, E agora no desfecho da viagem, Mais dissabor que gáudio na bagagem, E essa vontade de voltar pra casa.

MANHÃS DE MINHA INFÂNCIA Desperto lentamente do meu sono de menino, Meus olhos modorros apertam-se à luz dilucular, Vibra em meu tímpano o sonoroso e doce trino, De um gurinhatã que também veio saudar, A beleza do crepúsculo matutino, Sem-par... Espicho o olhar na direção do rio nevoento, A água mansa e serena parece estar dormindo, Alheia ao flutuar do nimbo pardacento, Que foge ligeiro à luz que vem surgindo, Em borrifos que logo se dissipam ao vento, É lindo... Um raio, incontinênti, golpeia-me a retina, O Lampejo me desperta dos sonhos infantis, Para que eu veja o sol abraçar a campina, Emprestando ao sertão o diverso matiz, Que o meu olhar de êxtase descortina, Feliz... Rolam pelos limbos das folhas de milho, Derradeiras gotículas do orvalho recente, Refletindo, à luz da manhã, o alheio brilho, Como fosse constelação tremeluzente, No verde céu do milharal lustrilho, Simplesmente... A brisa setembrina lança-me ao olfato, O hálito primaveril da recente florada, Que impregna a manhã de um cheiro bom de mato, Não sei de fragrância mais adocicada, Nada se compara a este aroma grato, Nada... Fagueiras manhãs dos meus tempos de criança, Onde habitou minha gentil felicidade, Berço do meu sonho, da minha esperança, Que a vida iníqua me levou com a idade, Ainda as vejo no espelho da lembrança, E na saudade.

INVERNIA PUERIL A nuvem no céu se move, E abundante goteja, No chão do meu eu criança, Nos canteiros da lembrança, Saudade é flor que viceja, Todas as vezes que chove. Vejo as manhãs borrifadas, Do lugarejo pacato, Sinto o cheiro bom do mato, Do sertão das Aguilhadas... Em revoltosos balanços, De correntes opulentas, O rio abaixo se expande, Eu nado na Pedra Grande, Por essas águas barrentas, Rodopiando em remansos. No imo das enxurradas, Meu lembramento mergulha, E minha alma é borbulha, Do rio das Aguilhadas... Toda campina se inunda, Com o brilho verde do pasto, Que vai além do que vejo, Cada atalho sertanejo, Tem a impressão de um rasto, Dum pé que na lama afunda. Minhas infantes passadas, Neste gentil chão, impressas, São marcações às avessas, Na alma das Aguilhadas... A minha vida é viúva, Destes momentos felizes, Que minha saudade encerra, Minh ’alma é feita de terra, E tem profundas raízes, Com esperanças de chuva. Pelas férteis semeadas, Pululam tempos risonhos, Como pululam meus sonhos, Nas roças das Aguilhadas.

autor:



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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Pés nos estribos...


Pés nos estribos, firme montava cavalo imaginário. Na tarde cor de âmbar mirava varandas e telhados, debruçando-me sobre as cancelas para além das campinas cinzentas. Pés nos estribos, firme corria numa montaria de vento tangendo meus galos-da- campina. Rumei no itinerário dos grandes rios, atravessei a sombra das serras até avistar o claro algodão e douradas espigas na lavra dos sonhos! 20.02.19.

Irani Medeiros
Para Hélio Crisanto e Gilberto Cardoso, dois poetas da minha aldeia.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

O LUTO DO FLAMENGO - Gilberto Cardoso dos Santos


A MISSÃO DO PROFESSOR - Adriano Bezerra


A MISSÃO DO PROFESSOR

Se engana aquele que pensa
Que o professor só ensina
Que simplesmente só segue
O que o livro determina
Não enxerga que a missão
Que ele tem na educação
Vai além da disciplina.

Ele segue essa doutrina
Porém ele é muito mais
Ele é nosso confidente
Nos assuntos pessoais
Nos educa e nos quer bem
O professor é também
Um pouco dos nossos pais.

O professor é capaz
De vê se estamos sozinhos
Perceber se estamos tristes
De nos encher de carinhos
Também nos aconselhar
Se quisermos desviar
E entrar nos maus caminhos.

Assim como aos seus filhinhos
Nos quer num melhor futuro
Numa vida de sucesso
Trilhando um caminho puro
E só tem cumprida a meta
Quando de forma completa
Nos vê num lugar seguro.

Por isso sempre procuro
Guardar todos no meu peito.
Que o reconhecimento
A cada um seja feito
E que todo professor
Seja visto com amor,
Com gratidão e respeito.

Adriano Bezerra

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Chuva, verde e vida - Jadson Lima


Chuva, verde e vida

Quando a barra se acinzenta
E a nuvem fica encharcada
Vejo DEUS no firmamento
Afinando a trovoada
E o camponês satisfeito
Se enche de fé no peito
E vai limpar sua enxada.

Uma nuvem carregada
Faísca fotografando
O chão seco e feito pó
Que o sol estava queimando
Depois da fotografia
Despeja sua Invernia
No solo, frutificando.

Vejo as nuvens gotejando
A vida regando a terra
E uma cabra berrando
Por um cabrito que berra
Perdido dentro da mata
E ao longe o som da cascata
Mostra a seca que se encerra.

A lama ensopando a terra
Um cururu faz espuma
Uma galinha pedrez
Cacareja e se apruma
Se aninha com seus filhotes
E no curral os garrotes
Se amuntuam numa ruma.

O pavão solta uma pluma
No meio do lamaçal
Uma vaca dando cria
Bem no meio do curral
O vaqueiro olhando a vaca
E um bacurau na estaca
Pra pastorar o quintal.

É um quadro sem igual
A chuva molhando o chão
O verde abre um sorriso
Mudando a vegetação
A chã se transforma em tela
DEUS com perfeição pincela
Aquarelando o sertão.

Cada pingo rega um grão
De esperança no peito
Cada grão nasce uma flor
Mostrando como é perfeito
A natureza imponente
Que a chuva é como um presente
Que o céu nos da satisfeito.

O solo de tão perfeito
Quando o inverno vigora
Fica enfeitado de vida
Basta chover uma hora
Pra ele ficar verdoso
Forte lindo e vigoroso
Para nutrir fauna e flora.

A chuva que cai lá fora
Se ouve aqui na palhoça
De longe um cachorro magro
Debaixo duma carroça
Que a muitos dias não come
Grunhi, late sente fome
Deita no chão e se coça.

E as formigas de roça
Já carregando comida
Cada uma trabalhando
Pra garantir na guarida
Um inverno de fartura
Trabalha na vida dura
 Para durar mais a vida.

Menino aposta corrida
Para chegar no barreiro
Com um landuá na mão
E um anzol piabeiro
E a Curimatã ovada
Sobe mas fica enganchada
Na rede do canoeiro.

No céu vejo um nevoeiro
Do chão já se aproximando
É tanta chuva que vem
Que eu já fico observando
E de sentir emoção
Me vem tanta inspiração
Que agradeço versejando.

E sempre que vou rimando
Falando da Invernada
Vejo o nordeste mais vivo
Matando a seca afogada
Escrevendo com fartura
A riqueza da cultura
Que está em nós entranhada.

Essa semente plantada
Nos versos desse matuto
Com a chuva da poesia
Nesse solo quente e bruto
Mostra a chuva no Nordeste
Onde a cultura se veste
Pra nos dá o melhor fruto.

Jadson Lima
Bom Jesus-RN
Fevereiro de 2019


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

TRO(E)VA MITOLÓGICA - Antoniel Medeiros


TRO(E)VA MITOLÓGICA

Ah que falta do Saci
Com cachimbo a traquinar!
A linda Iara a cantar
Lá no rio escandoloso.
O cenário pavoroso
Da Cuca que vem pegar.
O cabuloso luar
Que o lobisomem via
E os mitos de hoje em dia
Vão deixando a desejar.

O céu a relampejar
Se Zeus está furioso
O seu filho poderoso:
Com seus doze trabalhos.
Os duvidosos atalhos
Pra Chapeuzinho pegar.
Porcos a arquitetar
Casa de alvenaria
E os mitos de hoje em dia
Vão deixando a desejar.

Quem desejaria entrar
Na caverna de Platão?
As esferas do Dragão
Quem não ia querer ter?
Três pedidos vou fazer
Para um gênio realizar
Fulozinha a assobiar
Causa medo e arrepia
E os mitos de hoje em dia
Vão deixando a desejar.

Curupira a deixar
Pegadas ao contrário
Boto imaginário
Dos antigos pescadores
Quem nunca ouviu rumores
Das sereias lá no mar?
E a mula a galopar
Sem cabeça parecia?
E os mitos de hoje em dia
Vão deixando a desejar.

Caipora vai cantar
Pulando pela floresta
Tem fada que faz festa
Se na cama vê um dente
No natal um bom presente
Papai Noel vai nos dar.
Coelhos a fabricar
Chocolate, que delícia!
E os mitos de hoje em dia
Vão deixando a desejar.

E depois de me cansar
Eu agora vou parando
Só estava aproveitando
A ajuda do universo
Os amigos bons de verso
Chamo para abrilhantar
Liberdade de falar
Té dezembro é garantia.
E os mitos de hoje em dia
Vão deixando a desejar.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

COMO ASSIM, “TÔ DE BOA” ? - Nailson Costa


COMO ASSIM, “TÔ DE BOA” ?

- Professor chato do cacete – resmunguei baixinho.
É que, no velório do pai de Rodrigo, grande amigo dos meus filhos, vi o meu ex-professor de Matemática da 7ª Série, nos idos de 1977, a render homenagens ao falecido. Mas Rodrigo, meus filhos e alguns amigos seus ouviram a minha rabugice e tive que me justificar, ao dizer-lhes que “aquele Senhor de camisa vermelha, a uns dez metros da gente, é muito parecido com Ubaldo, então professor de Matemática da Escola Confessional de minha cidadezinha do interior no referido ano”.
E todos olharam pro Senhor e depois pra mim, como sinal de reprovação de minha inadequada conduta.
- Só parecido, pois já faz 41 anos que não o vejo – tentei pôr fim ao rumo daquela prosa.
Mas, ao invés de silenciar, fui mais adiante com o assunto e passei a descrever física e psicologicamente o professor Ubaldo, como sendo um coroa solteiro, baixinho, cabelos a exalar um forte odor de brilhantina, mal vestido, mau humorado, feio, fanhoso e, às vezes, mal educado. E me empolguei na caricatura daquele infeliz professor. Mas acrescentei uma virtude sua (pega mal enumerar só características negativas de alguém), a de que era um dos poucos professores que tinham o domínio absoluto de sua matéria, bem como de sua postura profissional em sala de aula. Era ele assíduo, pontual, justo, disciplinador e exageradamente correto em suas avaliações. Mas era, com certeza, a sua ranzinzice, o seu rigor quase militar, a sua marca registrada!
Ao entrar em sala de aula, Ubaldo nunca olhava pra turma. Nunca cumprimentava os alunos! Jamais nos deu um “boa noite”, de modo que Edna, linda loira no auge de seus 18 anos de inquietação,  travou, naquela noite, uma ferrenha batalha verbal com o professor. Logo com ele, que não gostava de dialogar com seus alunos! Ubaldo se recusou a responder o “boa noite” dado por Edna a ele. Foram seguidos e insistentes “boas noites” dirigidos ao professor, sem que este tenha sequer olhado pra turma. O professor mal fez a chamada e, como de praxe, logo foi ao quadro negro espalhar as suas enormes e intermináveis equações numéricas, tudo sob os muitos  acintosos e agressivos “boas noites” da bela Edna!
- Aí, Galega, num gréi comigo não, visse! Você já me conhece e sabe que não gosto dessa frescura de “boa noite”, até porque toda noite é boa mesmo e basta dessa frescura -  rosnou o professor!
- Boa noite, boa noite, boa noite... – e foram mais de dez minutos de seguidos “boas noites”  proferidos por Edna.
Edna fora expulsa! O Pároco-Diretor da Escola era durão e muito admirava a sapiência, a postura, o domínio e a rigidez do professor Ubaldo!
O professor nunca errava uma sentença matemática, nunca gaguejava em sala de aula, cumpria religiosamente a sua missão com autoridade e competência!
Soubemos, mais tarde, que ele, nos bastidores, colocava apelidos nos seus alunos. Maletão (Jorge - bunda grande, em função de sua hiperlordose), Tõin da Lua (eu - vivia com uma Gramática de Cegalla debaixo do braço e, literalmente no mundo da lua nas aulas de Matemática), Peipou (Jane - peidava depois dum cochilo de 10 segundos em sua aula) etc. Mas eram as notas reveladas nos finais dos bimestres sua maior vingança!
- Número 1, nota 2; número 30, nota zero; número 12, nota 0,3... Gabi, nota 7...
O quê? Quem? Como nota 7? Quem seria Gabi? Não conhecíamos Gabi! Seria uma novata? E quem é essa que teve o privilégio de ter seu nome proferido pelo professor?
Foi um raríssimo lapso do professor Ubaldo! Gabi era o gabarito da prova, e mesmo tendo as dez questões corretamente assinaladas, o professor achou que a nota sete seria de bom alvitre. “Nunca ninguém tirou um dez com o professor e não seria naquela turma da 7ª Série, problemática, que Gabi tiraria um dez, mesmo Gabi sendo o gabarito”, pensei.
E fui me empolgando até que meu filho disse: “O cortejo vai começar”.
Rodrigo - empresário bem sucedido, criação impecável, educadíssimo, tranquilo, inteligente, discreto, ativista ambiental e LGBT, um rapaz cuja aura ímpar contaminava de alegria por onde ele passava – acompanhara, elegantemente, a minha performance narrativa, apertou a minha mão e pediu, licença a todos, para acompanhar de pertinho o seu “Amado painho”, como ele ao seu querido pai se referia.
Na Missa de Sétimo Dia, soube que o Senhor de camisa vermelha era irmão do meu ex-professor de Matemática, Ubaldo, e que Rodrigo era órfão de mãe desde seus três anos de idade, tendo sido criado por seu “Amado painho”, que foi, para Rodrigo, não apenas pai, mãe e seu melhor amigo, fora a resolução perfeita de sua melhor equação!
- Com licença, Seu Nailson! O Senhor está bem? Posso lhe ajudar?­­ – preocupou-se comigo Seu Mauro, o Senhor de camisa vermelha, irmão de Ubaldo.
- Estou bem! Valeu! Tô só de boa aqui! – respondi-lhe, sentado num canto da igreja, solitário, após o encerramento das muitas homenagens ao meu ex-professor de Matemática.

sábado, 2 de fevereiro de 2019

ARTISTA PATUENSE NO RELANÇAMENTO DE LIVRO EM NATAL

Artista patuense fará apresentação em Natal
Durante o relançamento do livro Fui ao Croatá... - Uma Geolovehistory, do médico psiquiatra e pesquisador social Epitácio de Andrade Filho, que ocorrerá no dia 14 de fevereiro de 2019, a partir das 19 horas, no Bardalos Comida e Arte, localizado no bairro Cidade Alta, em Natal. O artista patuense Conde Suassuna fará uma intervenção performática, envolvendo poesia, música e teatro.
Conde Suassuna é graduando do curso de Letras (UERN-Patu), onde desenvolve seu trabalho de conclusão do curso (TCC) sobre a análise do discurso social do cangaço de Jesuíno Brilhante refletido na música a cantiga de Jesuíno, de Ariano Suassuna.
Professor Zé Antenor com o autor presenteando Ariano Suassuna



Cantiga de Jesuíno - Ariano Suassuna
Meus senhores que aqui estão
Vou contar meu desatino
A canção do cangaceiro que se chamou
Jesuíno
Seu bacamarte de prata
E o luar do seu destino
Num gibão
Todo vermelho
Um punhal no cinturão
Bem montado num cavalo
Cujo nome é Zelação
Jesuíno virou logo, ai, ai, ui, ui
Rei do povo do Sertão.

Ver a terra era seu sonho
Nobre terra do Sertão
Com o povo repartida
Pelo sol da partição
E é por isso, que ele canta
De bacamarte na mão

Eu tenho um espelho de cristal
Foi Jesus Cristo que limpou ele do pó
Mas lá um dia a terra se alumia
E o meio dia se espalha a luz do sol.

Mas os ricos se juntaram
Com o governo da nação
Lhe botaram emboscada
E ele morreu a traição
Mas o povo não esquece
Sonha com ele o sertão
E se diz que ainda hoje
Em qualquer ocasião
Alguém sofre uma injustiça
Nos caminhos do Sertão
Soam tiros do seu rifle, ai, ai, ui, ui
E o tropel de zelação
E Jesuíno brilhante
Volta feito aparição
Queima do dono da injustiça
De bacamarte na mão
Sua voz então se afasta
Cantando a mesma canção

A produção cultural recebe o decisivo apoio do engenheiro agrônomo Francisco Rodrigues (Dr. Kavey do INCRA).
Dr. Kavey e Conde Suassuna