terça-feira, 29 de setembro de 2015

CHORINHO BRASILEIRO, de quem é a autoria? - Gilberto Cardoso dos Santos


Circulam na net produções textuais muito boas, como a que aqui publicamos  recentemente falando sobre o Whatsapp (CLIQUE AQUI PARA VER O ENGRAÇADO TEXTO), sem que saibamos quem são seus autores. É o caso do texto a seguir, a respeito do qual se diz:

"Na cidade de Joinville  houve um concurso de redação na rede municipal.
Título:  " dai pão a quem tem fome  ".
O primeiro lugar foi de uma menina de 14  anos.
Ela utilizou o Hino Nacional para fazer sua redação."



Ora, por que não aparece o nome desta garota inteligente? Fiquei com vontade de parabenizá-la, mas não tenho como. Por que tão pouco se veiculou a respeito dela? Teria isto um fundo de verdade ou se trata de mais uma e-farsa?
Lamentavelmente isto ocorre na net. Tão fácil teria sido a princípio colocar o nome do autor ou autora e preservá-lo a cada compartilhamento! Mas a desonestidade humana ou despreocupação com os direitos alheios não tem limites. 
Ou estaríamos diante de mais um daqueles casos loucos, inexplicáveis, de alguém que escreve algo mas posta-o anonimamente, atribuindo sua autoria a outrem? Isso também acontece!

Algumas postagens deste texto aparecem assinadas por diferentes nomes. Numa delas, aparece um endereço eletrônico, sem maiores esclarecimentos. É da autora ou de alguém que o compartilhou? 

 Autoria à parte, deleitem-se com o texto, o destaque nas cores patrióticas foi meu.

 
CHORINHO BRASILEIRO 

Certa noite, ao entrar no meu gabinete, vi, num mapa-mundi
que tenho na parede, o nosso Brasil chorar:
O que houve, meu Brasil brasileiro? _ perguntei-lhe!
E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido,
esparramado e verdejante sobre a América do Sul,
respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas:
- Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo...
Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores.
Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes.
O sol da liberdade era mais fúlgido E brilhava no céu a todo instante.
Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes? 

Eu era a Pátria amada, idolatrada.
Havia paz no futuro e glórias no passado.
Nenhum filho meu fugia à luta.
Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.
E era gigante pela própria natureza que hoje devastam e queimam,
sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho
tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos
que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.
E não suportando as chorosas queixas do Brasil, saí de casa
e fui para o jardim.

Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro
que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado.
Pensei...conseguiremos salvar esse país sem braços fortes?
Pensei mais...quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?
Voltei ao gabinete mas encontrei o mapa silencioso e mudo,
como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.
Lá fora, nas ruas e praças, já estão sendo feitos os preparativos para os comícios.
Quem salvará o Brasil? Perguntei a mim mesmo como se tivesse a resposta...
Eu? Tu? Ele? Nós? Vós? Eles?

Ninguém isoladamente, certamente. 
Talvez quem sabe, numa nova conjugação?
Por favor, muito cuidado ao votar.
Esteja bastante consciente de sua escolha,
coloque acima de qualquer interesse
o amor por esta Pátria que precisa deixar de ser
um país do futuro para ser a nossa realidade de hoje. 

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