sábado, 29 de junho de 2013

INTELIGENTE DEBATE SOBRE MARKETING MULTINÍVEL E A TELEXFREE


Hélio Silva muito bom

Gilberto Cardoso Dos Santos Mete os dedos no teclado/ e começa a digitar / Oh argumento danado / que não dá pra refutar! – (risos)

Rogério Almeida O skype tb é um forte concorrente para as telefônicas. Por que não é proibido tb? Ah, lembrei: é pq não faz pirâmide nem vicia a economia. Cara, basta olhar o que tá acontecendo em Santa Cruz. As pessoas estão deixando de investir na produção de bens e serviços que trariam benefícios a todos e jogando todas as fichas na Telexfree (e outras "empresas" do tipo). Quantas pessoas pararam de construir casas na cidade desde que estourou essa moda? Quantas venderam ferramentas de trabalho e passaram a viver de cliquezinhos na net? Quantas deixaram de estudar e se preparar para ser alguém na vida trabalhando DE VERDADE? Ou ainda existe alguém que acredita na sustentabilidade desse esquemão? É claro como água: se todo mundo for viver de Telexfree, quem vai produzir comida, roupa, utensílios e serviços? A carestia está solta aí na cidade. Será que é só por causa do Governo Federal e esse dólar que não para de subir? Abram os olhos, que pode até não parecer, mas existe vida fora da Telexfree!

Nilson Rocha Gilberto Cardoso Dos Santos, vou te mostrar o que realmente é um sistema pirâmide! Você já viu ou ouviu falar em alguém que enricou aplicando dinheiro na poupança? Eu já, os banqueiros. E olha quantas pessoas aplicam em poupança (a base) quantas estão ricas com os juros? Só os banqueiros( o topo).

Rogério Almeida Nilson, vc está coberto de razão ao criticar os banqueiros, mas comete um erro fatal ao tentar legitimar a Telexfree usando esses mesmos banqueiros que acaba de criticar. Banqueiro nunca serviu de padrão moral e ético, mas mesmo assim eles têm uma vantagem em relação ao Telexfree: ninguém que venda uma casa e aplique na poupança perderá o seu investimento (a não ser que o Collor esteja por perto...).

Nilson Rocha Rogério Almeida, me desculpa, mas em que parte do texto que eu estou legitimando a Telexfree? Pra mim tanto faz que a Telexfree dê um pipoco eu nunca dependi dela. Em todo caso a Telexfree ainda está em vantagem contra os bancos, porque até o momento eu não conheço um caso de alguém que tenha investido na Telexfree e tenha perdido já os bancos!!!(caso Collor que você citou). Entenda, nesse caso 1 a 0 Telexfree.

Rogério Almeida Oi, Nilson. É que estamos comentando um texto favorável à Telexfree e a forma como vc argumentou deu a entender (pelo menos a mim) que você defende essa empresa, mesmo sem citá-la ou elogiá-la. Aliás, vejo que entendi direito, já que vc prefere a Telexfree aos banqueiros. Quanto às pessoas que tiveram prejuízo, bom, acho que não vai ser difícil achá-las. No Acre já tinha até gente pensando em suicídio! rsrsrs

Nilson Rocha Rogério Almeida, vou só até aqui com você porque estou notando muita confusão em sua cabeça, e tenta colocar palavras em minha boca. Mais uma vez deixo bem claro que em meus comentários não fiz nem uma opção preferencial por Telexfree ou banqueiros basta só um neurônio funcionando para entender o que escrevi de forma clara e objetiva.(sem ofensas, longe de mim) O que falei, torno a repetir, que os bancos também são um sistema de pirâmide, e como funcionana essa pirâmide? Simples, os investidores aplicam seu dinheiro e recebem um pequeno retorno em juros, enquanto os banqueiros ficam ricos as custas do investidores, isso é, o pequeno serve de base para os grandões estarem em suas posições elevadas, isso é um sistema de pirâmide, mas é legalizado e defendido porque não lesa ninguém(será?) Não acha que os juros poderiam ser um pouquinho melhor, mais justos para que os investidores também tivessem boas vantagens? Quanto a Telexfree, há quem a defenda, eu não tenho pretensões nesse sentido.
Gostaria muito que nosso nobre amigo "incendiário" Gilberto Cardoso, também manifestasse sua opinião, teremos o maior prazer em conhecê-la. Quem concorda curte aí. rssss

Marcelo Pinheiro O PAÍS DA HIPOCRISIA.
É absurda a ineficiência do Poder Público em regulamentar determinadas coisas no Brasil. Eis algumas delas:
1. Cobranças extorsivas de juros pelos bancos (em média 15% a.m. de juros compostos no cheque especial e cartão de crédito). Se eu emprestar dinheiro a 2% a.m. estaria praticando crime. Por que os bancos podem fazer isso com o rótulo de legalidade? Isso explica porque no Brasil apenas 5 mil famílias detém 46% da riqueza nacional (a maioria delas feita de banqueiros com o carimbo da LEGALIDADE governamental).

2. Centenas ou milhares de agricultores do Nordeste brasileiro (só no Trairi foram mais de 30) perderam suas pequenas propriedades rurais para os bancos (com o carimbo da LEGALIDADE governamental) nos últimos anos por não conseguirem livrá-las da hipoteca em face da seca e da corrupção política que traga o pouco de subsídio que há. Não vejo ninguém levantando bandeira contra isso. Por que será? Alguns responderiam como Chicó, do Auto da Compadecida “Não sei, só sei que foi assim!”

3. E o jogo do bicho? Quanto se perde para o jogo do bicho todos os dias no país? (sem pagar impostos) A mãe do meu cunhado deixa 70% do seu salário mínimo na banca do jogo do bicho há mais de 15 anos (quantos mais fazem isso?). Mas o jogo do bicho não é ilegal? Por que o MP não fecha? Estaria alguém do governo lucrando com isso? Dizem que o tal jogo banca a eleição de muitos políticos...

4. E o que falar dos jogos institucionalizados? Só na Mega Sena se perde entre 20 e 30 milhões todos os meses. Para quem? 29% para o próprio governo que edita uma lei dizendo que jogo é ilegal. O resto vai para a mão de alguém escolhido pelo sistema (ninguém fiscaliza a Mega Sena).
Como diz a música dos Engenheiros do Hawaii “Quem ocupa o trono tem culpa. Quem oculta o crime também.”
Sou a favor da legalidade, sim! Agora ela não pode ser hipócrita.

Gilberto Cardoso Dos Santos Agora que vc tá meio nocauteado, Rogério Almeida, é minha vez de entrar no round (rsrsrs). Se a Telexfree é tão nociva como vc diz, não acha que os argumentos do cidadão continuam de pé? "Por que as autoridades não colocam critérios para abertura de empresa neste setor de marketing multinível, tendo em vista que surgem ano a ano novas empresas?" Por que aceita passivamente e recolhe os impostos e só quando tem muita gente já envolvida e com suas finanças comprometidas ela resolve "investir"? Ora, em março houve um parecer favorável de um juiz, corroborando suas atividades. Além disso, mano velho, há estudos que apontam o mesmo caráter piramidal no sistema financeiro mundial. Temos o jogo-do-bicho, claramente ilegal e ninguém faz nada. Há outros sistemas como a PRIPLES, bem mais digno de suspeitas que a Telexfree. No entanto, continua a se desenvolver livremente. Quando resolverão interferir?

Nilson Rocha Marcelo Pinheiro, disse tudo e mais um punhado. Eu queria que o Rogério Alméida ou outros entendessem, que a manifestação de uma opinião não é necessariamente fazer opção por A ou B.


Rogério Almeida Caro Nilson, é realmente uma pena que você tenha se ofendido. Não escrevi com esse objetivo, e sim para tentar esclarecer alguém que demonstra claramente um forte sentimento de indignação pelo que aconteceu à Telexfree. Foi isso que entendi, e pelo motivo já exposto. Duas coisas quero ainda mencionar. Primeiro: isto aqui é um debate (reclame com Gilberto, pois foi ele quem o abriu!), e um debate deixa de ser bom quando descamba para o lado pessoal. Se existir algum bom motivo para que eu venha aqui colocar palavras na boca de estranhos, por favor, avise-me, pois até agora não achei nenhum. O que me interessa é cuidar para que ninguém mais caia no golpe da Telexfree. Todo o resto, neste contexto, não me serve de nada, e entre todas as coisas a que menos me serviria seria implicar contigo. Aliás, a facilidade com que você se ofendeu me leva ao segundo ponto: um pouco de humildade faz muito bem em todos os aspectos da vida, sobretudo para que a gente seja capaz de admitir que nem sempre escreve claramente. Acredito que o teu texto não exija mais que um neurônio pra ser compreendido. O que exige bem mais que um neurônio é a compreensão de que os textos às vezes admitem interpretações totalmente diferentes da intenção de seus autores. Se essa informação for complexa demais pra você, terei prazer em ceder-lhe o meu único e ainda por cima incompetente neurônio. Quem sabe dobrando a atividade cerebral você não resolve o problema? Enfim, vamos ao que interessa. FORA TELEXFREE!

Rogério Almeida Gilberto, é claro que está tudo podre no sistema financeiro mundial e, sim, concordo com a necessidade de estabelecer regras, mas daí a incentivar e defender mais um sistema errado, é um passo que ninguém deveria dar!

Joao Maria Medeiros Boa tarde, amigos! Posso me intrometer neste assunto? Gostaria de analisar as palavras do amigo ROGÉRIO ALMEIDA, quando diz: "Banqueiro nunca serviu de padrão moral e ético, mas mesmo assim eles têm uma vantagem em relação ao Telexfree: ninguém que venda uma casa e aplique na poupança perderá o seu investimento (a não ser que o Collor esteja por perto...)." Acho difícil alguém vender uma casa ou outro bem, depositar na poupança e comprar outra casa ou outro bem equivalente ao que vendeu. Temos vários exemplos de pesoas que enderam suas terras( propriedades rurasis)aaui e que ao depositarem os valores na poupanca, nunca mais compraram sequer uma proprieddae menor do que a que vendeu. Quem saiu perdendo? QUEM SAIU PERDENDO? QUEM SAIU GANHANDO? ISSO NÃO É UMA PIRÂMIDE FINACEIRA?

Gilberto Cardoso Dos Santos Vamo ficar tranquilão, Nilson RochaRogério é sangue bom tb. Segura a onda. É nóis.

Rogério Almeida Ô, Gilberto! Tais feito minino véi, é? rsrsrs A gente já encerrou a polêmica, rapaz!

Joao Maria Medeiros Já está encerrado, é Rogerio? Responde o que te perguntei...

Rogério Almeida Oi, João Maria! Tudo bom, rapaz? Tentarei ser tão direto e sucinto quanto possível. Antes de mais nada, precisamos esclarecer alguns pontos de vista, mesmo que ao fazer isso a gente acabe repetindo o óbvio (que, como vimos acima, nem sempre é óbvio rsrsrs)
1) Assim como todos neste debate, abomino os bancos e o sistema financeiro mundial. 

2) João Maria: os banqueiros saíram ganhando, claro. O pequeno investidor saiu perdendo, claro. Como eu poderia discordar de você nesse ponto? Quanto à característica de pirâmide financeira, perdoe-me se estou explicando o óbvio, mas o fato de existir uma grande massa de pequenos investidores formando a base e um punhado de banqueiros formando a ponta de uma pirâmide não significa que se trata do tema em questão. Sem dúvida, o que vc descreveu é uma pirâmide, mas ela não demonstra a dinâmica do processo encontrado na Telexfree. Para mais informações sobre o assunto, veja por exemplo este link:http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquema_em_pir%C3%A2mide
3) Concordo inteiramente com Marcelo quanto à necessidade de regulamentar melhor as práticas financeiras, e mais, concordo com cada vírgula de seu comentário. É justamente por isso que me nego a apoiar mais um elemento noscivo à nossa economia já tão debilitada e atrasada. Ou alguém poderia, por favor, provar que uma economia forte se faz à base de esquemas financeiros desse gênero?
4) O ponto central aqui não é a diferença entre as vantagens oferecidas pela Telexfree (e isso serve para as outras tb, como Priples etc...) em relação à poupança. A reflexão que cada um de nós deveria fazer é: não existe outra forma de ganhar dinheiro? Preciso mesmo descer ao nível dos banqueiros pra isso? O que há de tão ruim em produzir algo, oferecer algum serviço (desculpe, mas Voip não me convence) ou, caso eu já faça isso, buscar uma fonte de renda extra?
5) Algumas perguntas para os que insistem em que a Telexfree é sustentável e não é uma pirâmide: o que vai acontecer quando não houver mais gente para convidar? Logo isso aconteceria em Santa Cruz e, pelo andar da carruagem, em pouco tempo faltaria gente no Brasil. Alguém se habilita a descrever esse processo? O que fazer, por exemplo, dos últimos investidores convidados? Eles teriam a renda garantida no patamar atual alardeado pela Telexfree? Gostaria muito de respostas.

Guimarães Filho Foi a própria TelexFree quem molhou a mão da justiça para que os pagamentos não fossem mais possível (e assim, fazer o topo da pirâmide ficar com todo o dinheiro). Vale salientar que o que foi proibido foram os pagamentos e não a devolução do dinheiro de quem "investiu". Se o topo da pirâmide não quer devolver o "investido" então é claro que estão de má fé! Simples assim.

Rogério Almeida Pessoal, o debate vai parar por aqui mesmo? Fiz um monte de perguntas que ainda estão esperando por respostas. Vc se habilita,Gilberto?

Joao Maria Medeiros Acho que não adianta mais, Gilberto. Cada um expôs seu ponto de vista. Portanto, não vejo como retrucar e retrucar...ok, mano?

Rogério Almeida Não é bem assim, não, João. Eu respondi quando fui solicitado. Agora fiz umas perguntas e ficaria agradecido por algumas respostas. Espero a colaboração de todos.

Joao Maria Medeiros Já disse o que penso...Sem mais delongas!

Rogério Almeida Bom, eu ACHAVA que estava participando de um debate, mas pelo visto me enganei. Vou me retirar e deixar o espaço pra algum "divulgador" que só jogue flores pra TelexFRIA e não faça perguntas incômodas. Sorte a todos em futuros projetos, que, espero sinceramente, sejam menos duvidosos.

Joao Maria Medeiros Um grande abraço, Rogério! Meu avô me contava uma estória de dois teimosos que após uma grande "batalha", um debate acalorado, finalmente cada um saiu chorando pra um lado. Não é bom que aconteça também aqui, né mesmo?rsrsrsrrsrsr

Rogério Almeida Os mais velhos sempre têm bons conselhos.

Marcelo Pinheiro "5) Algumas perguntas para os que insistem em que a Telexfree é sustentável e não é uma pirâmide: o que vai acontecer quando não houver mais gente para convidar? Logo isso aconteceria em Santa Cruz e, pelo andar da carruagem, em pouco tempo faltaria gente no Brasil. Alguém se habilita a descrever esse processo? O que fazer, por exemplo, dos últimos investidores convidados? Eles teriam a renda garantida no patamar atual alardeado pela Telexfree? Gostaria muito de respostas." Gostaria de comentar este tópico. O contrato da Telexfree tem validade de um ano, logo se trata de um sistema cíclico. (Todo sistema cíclico é infinito por natureza. Nunca falta água para a chuva porque se trata de um sistema cíclico.). Para um sistema cíclico como a Telexfree se tornar sustentável basta se aplicar o capital em algo que supere em aproximadamente três vezes o valor investido. Isso é possível? Se tomarmos como parâmetro o modelo bancário vigente, sim! Veja-se: a Caixa, por exemplo, toma dinheiro emprestado a 0,03% a.m. e empresta 0,17% a.m. e assim ela multiplica os juros do valor aplicado 5,6 VEZES EM APENAS UM MÊS! Se desse como exemplo o cheque especial, este índice subiria para mais de 35 vezes. Ou seja, para cada real que alguém coloca na poupança, o banco faturaria 35. A Telexfree, para se tornar absolutamente sustentável só precisaria fazer NUM ANO INTEIRO aquilo que o banco faz em um único mês. Por isso os bancos lucram tanto!

Rogério Almeida Quando eu já estava desencantado, vem o Marcelão e salva a pátria! Valeu pela resposta, meu velho. Posso emendar com mais algumas perguntas?
1) Mesmo em um cenário sem novas adesões de divulgadores o sistema continuaria sendo cíclico, pois o membro tiraria de seu ganho anual o montante para renovar a conta, certo? Em tese, isto caracterizaria a sustentabilidade (voltarei ao tema mais adiante), mas neste ponto há uma contradição: o banco GANHA 35 vezes mais do que paga por uma quantia emprestada, ao passo que a Telexfree chega a PAGAR 2,49 vezes mais pela quantia investida. De onde viria esse dinheiro, repito, em um cenário sem novas adesões?
2) Uma resposta à pergunta anterior seria a venda de VoiP, mas será que as vendas desse produto cobririam as despesas da empresa, pois até onde sei, os novos membros são os maiores clientes, já que levam um pacote do produto no ato da adesão. Assim, qual é o real volume de vendas do VoiP para NÃO MEMBROS da Telexfree?
O banco, está claro, pratica taxas de juros abusivas e DEPENDE do fluxo de depósitos para fazer dinheiro emprestando mais e mais. Contudo, ele ao menos cumpre um papel importante ao facilitar a circulação de capital através de formas de pagamento como cartões, cheques, transferências etc... São serviços que trazem soluções para a sociedade e pelos quais o banco pode e deve cobrar. O que devemos fazer é criticar a parte ruim do sistema bancário, e não tentar imitá-la, pois assim não estaremos fazendo justiça, e sim multiplicando a injustiça.
Você não precisa dessa explicação, Marcelo, mas vou deixá-la aqui para quem porventura precise. O fato é que o volume de dinheiro em circulação deveria ser um espelho fiel do volume de bens e serviços em circulação. O motivo disso é que o dinheiro simplesmente representa uma mercadoria ou serviço. A coisa é muito mais complexa que isso (Marx que o diga), mas a ideia é basicamente esta. No caso do banco, os juros nada mais são que o pagamento pelo serviço de “colocar capital à disposição” para que os clientes possam reinvesti-lo. O problema é que eles cobram caro demais por este serviço. Nosso papel é mudar este quadro, e não agravá-lo disseminando esta prática.
Mas por que estou fazendo esse arrodeio todo? Simples: para demonstrar que só pode existir algo muito estranho no fato de uma pessoa ganhar dinheiro copiando e colando links em um escritório virtual ou dependendo das vendas de um produto que ninguém compra. Sejamos sinceros: quem aqui usa VoiP? Mesmo depois do sucesso estrondoso da Telexfree, não conheço uma única pessoa que use o serviço. Na verdade, nas rodas de conversa sobre esse tema, NINGUÉM jamais disse uma frase sobre a qualidade do serviço. O foco da conversa é sempre o mesmo: o troço dá dinheiro!
O conceito de sustentabilidade se baseia em um tripé formado pelos seguintes fatores: social, econômico e ambiental. É dizer, para ser considerada sustentável, uma empresa deve ser capaz de manter suas atividades a longo prazo sem causar danos em nenhuma destas esferas. A Telexfree é uma grande protetora do meio-ambiente, já que as pessoas estão PARANDO de produzir bens e serviços que muitas vezes gerariam poluição para viver de suas contas cada vez mais numerosas. Já no que diz respeito à economia e à sociedade, não é difícil perceber os prejuízos que já começam a aparecer. Aí está o crime contra a economia e, por tabela, contra a sociedade. No final das contas, os membros da Telexfree também se tornariam vítimas cedo ou tarde.
A menos que os dados sobre a venda do produto (para NÃO MEMBROS da rede) provem o contrário, a Telexfree continua sendo um sistema de pirâmide ou, na melhor das hipóteses, um banco que não tem sequer a utilidade mencionada acima.
Marcelão, obrigado mais uma vez pela resposta. Gostaria muito que vc aprofundasse o tema. Agora sim, temos um debate! Obrigado e um forte abraço, meu velho!

Marcelo Pinheiro                           
 Vamos por partes, rsrs.
1) ...o banco GANHA 35 vezes mais do que paga por uma quantia emprestada, ao passo que a Telexfree chega a PAGAR 2,49 vezes mais pela quantia investida. De onde viria esse dinheiro, repito, em um cenário sem novas adesões?”
Sabemos que só existem cerca de 10% de dinheiro, em qualquer banco. Tanto é que se todos fôssemos ao banco amanhã retirar nosso dinheiro de lá, ele quebraria. O dinheiro não está lá, está aplicado. O que existe na verdade é informação. Portanto, cerca de 90% do dinheiro de quem entrou na Telexfree está na “nuvem”, como na “nuvem” está o dinheiro de nossa conta bancária. A Telexfree, com este dinheiro, fazia a mesma coisa que os bancos fazem: investia. Em que? Apresento apenas dois exemplos para não ficar muito grande, mais há muitos outros: 1) a compra da VOXBRAS. Uma empresa que opera com telefonia fixa, TV a cabo e internet. (Por 2 vezes ela ganhou o prêmio de melhor operadora do Sul do país). A empresa empregou cerca de R$ 20 milhões na compra da VOXBRAS, estava emprestando-lhe a marca Telexfree (já conhecida no Brasil inteiro e com uma rede mais de 1,5 milhão de consumidores), tornando-a uma empresa, antes regional, numa gigante do setor a nível nacional. Qual é a taxa percentual de retorno (lucro) do setor de telefonia? Bem maior do 2,4 vezes ao ano! 2) A Telexfree estava fazendo o mesmo no mercado bilionário suplementos alimentares. A empresa comprou uma marca de suplementos sem expressão no mercado, lançou a marca Telexfree, lançou o produto para toda sua rede e demais consumidores, tornando o produto conhecido e valorizado do dia pra noite.
São apenas dois exemplos do que a Telexfree fazia. Nada de novo, mas é o que os bancos (sinônimo de legalidade) fazem: pega o dinheiro do povo e aplica com uma taxa de retorno superior ao que pagam
.
Nilson Rocha Gilberto Cardoso Dos Santos, eu não fugi ao debate, apenas não tivi tempo de entrar no face. Quanto ao Rogério Almeida, eu não entendo como que interpreta as coisa de forma tão errônea e equivocada. Em momento algum eu me ofendi, pois já tenho maturidade suficiente para entender assunto de gente grande. Eu coloquei entre parênteses (sem ofensas, longe de mim) eu estava dizendo para ele não se ofender com a minha forma de expor meus comentários. Eu optei por não debater mais diretamente com ele, porque percebi nele muita dificuldade para entender o que todo mundo aqui já entendeu. Quanto aos questionamentos e os argumentos dele são muito vazios e confusos e não levam a lugar nenhum, apenas dá longas e exaustivas voltas e retorna ao começo sem um resultado satisfatório. Perda de tempo.

Rogério Almeida Aha, então o VoiP não é o único produto da empresa! Mas por que "fazia", Marcelo? A empresa não pode tocar os negócios sem as novas adesões de divulgadores? E por que essa informação é tão pouco divulgada, até mesmo pelos membros da Telexfree? Você é o primeiro a me falar sobre estes outros investimentos. É curioso, pois seria uma baita propaganda para atrair novos investidores, não acha? Mas neste ponto tenho outra pergunta: podemos continuar afirmando que o sistema é sustentável sabendo que mais de 1 milhão de consumidores-membros terão até 250% de lucro? A TIM, por exemplo, registra lucros na casa dos 600, 700 milhões de reais ao ano. Se ela pertencesse à Telexfree, poderia pagar ao final do ano apenas R$ 700,00 a cada membro em um cálculo bem grosseiro, e este raciocínio se aplica a toda a lista de investimentos que vc mencionou. O fato de a Telexfree diversificar os investimentos é um ponto muito positivo, mas a forma de captar fundos pra isso ainda me preocupa. O que vc diria sobre isso, Marcelão? Aquele abraço!

Marcelo Pinheiro                                                                                                                                 Depois de Rogério penso que estaria apto a defender a empresa perante o tribunal. rsrsrs

“Aha, então o VoiP não é o único produto da empresa! Mas por que "fazia", Marcelo?” 
O VoiP continua sendo o produto do investimento para o divulgador, porém, a empresa aplica o dinheiro em muitas coisas.
“A empresa não pode tocar os negócios sem as novas adesões de divulgadores?” 
“Pode, assim como os bancos podem tocar seus negócios sem a abertura de novas contas, sem novos poupadores, sem novas agências...

“E por que essa informação é tão pouco divulgada, até mesmo pelos membros da Telexfree?” Você é o primeiro a me falar sobre estes outros investimentos.”
A maioria das pessoas não se (pre) ocupam em pensar como as coisas funcionam.

“É curioso, pois seria uma baita propaganda para atrair novos investidores, não acha?” 
Não sei. Centenas de empresas abrem seus capitais na bolsa de valores todos os dias ao redor do mundo, convidando investidores a aplicarem seu dinheiro nelas, com a promessa de que têm a melhor opção para quem quer ganhar dinheiro. Algumas decolam e seus investidores ganham muito dinheiro. Outras morrem e todos perdem. É o jogo do capital. A Telexfree se utiliza de outra forma de levantar capital: o MMN, que é uma atividade legal e que trás diversas vantagens para o investidor: 1. Não precisa entrar com grande capital próprio; 2. Não precisa abrir sucursais mundo afora; 3. Não cria vínculos trabalhistas e previdenciários; 4. Não se gasta com propaganda convencional; 5. O poder de multiplicação é muito eficiente... (Nos EUA, 27% do varejo passa pelo MMN e pelo e-commerce – mesmo sistema adotado pela Telexfree no Brasil.)

“Mas neste ponto tenho outra pergunta: podemos continuar afirmando que o sistema é sustentável sabendo que mais de 1 milhão de consumidores-membros terão até 250% de lucro? A TIM, por exemplo, registra lucros na casa dos 600, 700 milhões de reais ao ano. Se ela pertencesse à Telexfree, poderia pagar ao final do ano apenas R$ 700,00 a cada membro em um cálculo bem grosseiro, e este raciocínio se aplica a toda a lista de investimentos que vc mencionou. O fato de a Telexfree diversificar os investimentos é um ponto muito positivo, mas a forma de captar fundos pra isso ainda me preocupa. O que vc diria sobre isso, Marcelão? Aquele abraço!”

Sabemos que o dinheiro do mundo está nas mãos de poucas pessoas. Apresentei um dado de que 46% da riqueza do país está nas mãos de 5 mil famílias (Caberiam todos na cidade de Sítio Novo, ou melhor, de Mônaco. rsrs) O dono da Claro – Sr. Carlos Slim –, p.ex., não precisa do meu parco dinheiro para ganhar dinheiro (seu patrimônio pessoal é de 73 bilhões de dólares, segundo a Forbes/2013.). Desta forma, “os poucos” 800 milhões que o Senhor Carlos Slim lucrou apenas com a Claro em 2012 ficaram todos com ele. Se a Telexfree, utilizando o dinheiro captado de terceiros, fizesse o mesmo e devolvesse 700 milhões dos lucros com os divulgadores, ela ainda lucraria 100 milhões, sem ter entrado no negócio com 1 centavo sequer. Se ela devolver, na forma de rendimentos, 99% dos lucros ainda seria um grande negócio para ela.
 Meu ídolo, Rogerão, TENHO CERTEZA (expressão meramente enfática) de que o modelo do sistema financeiro mundial é o grande responsável pela miséria deste planeta e que, aos poucos, novas tendências o desafiarão. Pode ser que a Telexfree e uma centena de outras tantas semelhantes a ela não sejam fortes o suficiente para dizer que este paradigma pode ser quebrado. Mas, imagino, que como tudo na história, também este império ruirá um dia.



Rogério Almeida: Marcelão, desculpe a demora, rapaz, mas o fim-de-semana foi puxado por aqui rsrs. Aqui vai a minha resposta imitando o teu método, valeu? As minhas respostas têm um "R -" no começo de cada parágrafo. Aquele abraço!

1) "O VoiP continua sendo o produto do investimento para o divulgador, porém, a empresa aplica o dinheiro em muitas coisas... “É curioso, pois seria uma baita propaganda para atrair novos investidores, não acha?”
Não sei. Centenas de empresas abrem seus capitais na bolsa de valores todos os dias ao redor do mundo, convidando investidores a aplicarem seu dinheiro nelas, com a promessa de que têm a melhor opção para quem quer ganhar dinheiro. Algumas decolam e seus investidores ganham muito dinheiro. Outras morrem e todos perdem. É o jogo do capital. A Telexfree se utiliza de outra forma de levantar capital: o MMN, que é uma atividade legal e que trás diversas vantagens para o investidor: 1. Não precisa entrar com grande capital próprio; 2. Não precisa abrir sucursais mundo afora; 3. Não cria vínculos trabalhistas e previdenciários; 4. Não se gasta com propaganda convencional; 5. O poder de multiplicação é muito eficiente... (Nos EUA, 27% do varejo passa pelo MMN e pelo e-commerce – mesmo sistema adotado pela Telexfree no Brasil.)"

R - Veja, a eficiência do marketing multinível nos moldes da Telexfree para a captação de recursos é indiscutível, mas duvido que seja maior que a do tráfico de drogas, e nem por isso as pessoas têm o direito de sair por aí vendendo pedra de crack. A comparação é forte demais e desmedida? Não, não é. Primeiro porque camuflar um esquema de pirâmide com um produto de fachada é ilegal e, segundo, porque os efeitos da expansão de atividades como a Telexfree seriam desastrosos para a sociedade (e pra isso os bancos não precisam de ajuda, não é verdade?). Vou repetir brevemente um argumento que ninguém parece querer enxergar: as pessoas estão deixando de investir na produção de bens e serviços que trariam benefícios a todos e jogando todas as fichas na Telexfree (e outras "empresas" do tipo). Quantas pessoas pararam de construir casas na cidade desde que estourou essa moda? Quantas venderam ferramentas de trabalho e passaram a viver de cliquezinhos na net? Quantas deixaram de estudar e se preparar para ser alguém na vida trabalhando DE VERDADE? O resultado disso a médio, talvez curto prazo, seria uma inflação galopante, pois a oferta de produtos diminuiria a tal ponto que os 250% de lucro da Telexfree não dariam pra comprar um pé de coentro. E o exemplo de Santa Cruz se aplica à esfera nacional, pois a promessa de ganhos fáceis garantiria o crescimento exponencial da rede. Na verdade, a questão é antes de tudo moral e ética. Trata-se de comprometimento com o conjunto da sociedade, da noção de que cada um tem que contribuir de alguma forma para o bem comum. Sejamos francos, copiar e colar links não ajuda ninguém, nem a si próprio, pois os ganhos fáceis logo se revelariam ilusórios e a montanha de dinheiro acumulado não serviria de muita coisa em um lugar onde não houvesse bens ou serviços pelos quais ela pudesse ser trocada.

2) "A maioria das pessoas não se (pre) ocupam em pensar como as coisas funcionam."

R - Mas o descuido (ou seria intenção?) aqui não é das pessoas, e sim da própria empresa, que deliberadamente não divulga estas informações com o devido destaque. Não há uma única menção sobre isso na página da empresa! Qual seria a razão para se furtar a divulgar informações que contribuiriam tanto para atrair novos investidores?

3) “Mas neste ponto tenho outra pergunta: podemos continuar afirmando que o sistema é sustentável sabendo que mais de 1 milhão de consumidores-membros terão até 250% de lucro? A TIM, por exemplo, registra lucros na casa dos 600, 700 milhões de reais ao ano. Se ela pertencesse à Telexfree, poderia pagar ao final do ano apenas R$ 700,00 a cada membro em um cálculo bem grosseiro, e este raciocínio se aplica a toda a lista de investimentos que vc mencionou. O fato de a Telexfree diversificar os investimentos é um ponto muito positivo, mas a forma de captar fundos pra isso ainda me preocupa. O que vc diria sobre isso, Marcelão? Aquele abraço!”

"Sabemos que o dinheiro do mundo está nas mãos de poucas pessoas. Apresentei um dado de que 46% da riqueza do país está nas mãos de 5 mil famílias (Caberiam todos na cidade de Sítio Novo, ou melhor, de Mônaco. rsrs) O dono da Claro – Sr. Carlos Slim –, p.ex., não precisa do meu parco dinheiro para ganhar dinheiro (seu patrimônio pessoal é de 73 bilhões de dólares, segundo a Forbes/2013.). Desta forma, “os poucos” 800 milhões que o Senhor Carlos Slim lucrou apenas com a Claro em 2012 ficaram todos com ele. Se a Telexfree, utilizando o dinheiro captado de terceiros, fizesse o mesmo e devolvesse 700 milhões dos lucros com os divulgadores, ela ainda lucraria 100 milhões, sem ter entrado no negócio com 1 centavo sequer. Se ela devolver, na forma de rendimentos, 99% dos lucros ainda seria um grande negócio para ela."

R - O problema é que a Telexfree teria que dividir 700 milhões entre 1 milhão de divulgadores (isso apenas hoje!), o que daria parcos R$ 700,00 para cada um ao ano, valor muito aquém do investido por cada um atualmente. Percebe a incoerência? Percebe também que isso revela a insustentabilidade do negócio NOS MOLDES ATUAIS, uma vez que é impossível manter a promessa de lucro sem o artifício da venda do VoiP e do CTRL C/CTRLV, cuja função seria facilmente cumprida pelos métodos convencionais de marketing? O sistema, em sua configuração atual, está fadado ao colapso.
Um dos argumentos pró-Telexfree é o da distribuição igualitária de riqueza. As pessoas (eu inclusive) criticam ferozmente a concentração de capital nas mãos de poucos, mas parecem estar perfeitamente de acordo com o acúmulo de capital nas próprias mãos, o que expõe um incômodo conflito moral que ninguém gosta de admitir. Depois de apontar a falha no aspecto financeiro eu já trouxe a discussão para este campo anteriormente, que infelizmente tem sido relegado a segundo plano ou absolutamente ignorado nas rodas de discussão sobre o tema. E por que a Telexfree é nosciva também sob esta ótica?
Primeiro: a distribuição igualitária de riqueza é ilusória já pelo simples fato de que, para começar, um assalariado não pode ter acesso à quantia mínima de investimento que o incluiria na rede. Façam uma pesquisa rápida no Google e respondam: qual é mesmo a parcela da sociedade à qual é negada a oportunidade de se juntar à Telexfree?
Segundo: desconfie de uma empresa que organiza passeatas com gente de carro novo gritando aos quatro ventos bordões como “rumo à vitória”, ostentando prosperidade surreal e prometendo o mesmo para todos. Este me parece um método bem caricato e contraditório de se combater o sistema financeiro opressor que aí está, além de cheirar a fanatismo quase religioso.

Meu ídolo, Rogerão, TENHO CERTEZA (expressão meramente enfática) de que o modelo do sistema financeiro mundial é o grande responsável pela miséria deste planeta e que, aos poucos, novas tendências o desafiarão. Pode ser que a Telexfree e uma centena de outras tantas semelhantes a ela não sejam fortes o suficiente para dizer que este paradigma pode ser quebrado. Mas, imagino, que como tudo na história, também este império ruirá um dia.

R – Concordo totalmente e tenho esperança de que este sistema financeiro sanguessuga seja desafiado um dia, mas não pra ser substituído por um equivalente

RESPOSTA DE MARCELO PINHEIRO:

 1)   “... e nem por isso as empresas têm o direito de sair por aí vendendo pedras de crack. A comparação é forte demais e desmedida? Não. Não é. Primeiro porque camuflar um esquema de pirâmide com um produto de fachada é ilegal...”

Para mim, o único ponto em comum sobre o qual se pode fazer alguma análise comparativa entre o tráfico de drogas e as atividades da Telexfree seria a legalidade, ou não, do negócio.
Sobre o tráfico de drogas, é fácil se concluir sua ilegalidade. A legislação (Art. 33 da Lei 11.343 /06) que versa sobre ele é clara e conclusiva. Já se concluir que a Telexfree é uma pirâmide financeira é quase impossível pela atual legislação brasileira - única que nos serve como parâmetro. Tanto é que em 03/2013 a Justiça Federal de Goiás concedeu, em sede de ação de indenização por danos morais e materiais, uma liminar à Telexfree contra a Receita Federal, determinando que esta retirasse do seu site uma nota negativa que lá havia contra a empresa. Até então eu não tinha entrado no negócio e tal liminar me chamou a atenção. Não se concede liminares favoráveis a organizações criminosas, sob pena de entregar o país a uma completa insegurança jurídica. Fui pesquisar e descobri que a empresa recolhia Imposto de Renda na fonte. Pirâmides financeiras são ilegais e, por conseguinte, não recolhem impostos. Pirâmides não têm produtos. Se a Telexfree é uma pirâmide, como o Estado poderia receber impostos de uma organização criminosa? Por que somente depois de arrecadar mais 100 MILHÕES DE REAIS em Imposto de Renda o Estado “descobriu” que se tratava de uma pirâmide?

 2)   “...segundo, porque os efeitos da expansão de atividades como a Telexfree seria desastrosos para a sociedade (e para isso os bancos não precisam de ajuda, não é verdade?)...”

A questão de ganhar dinheiro e virar vagabundo é extremamente relativa. Alguns ganham a “Bolsa Família” e acham que resolveram suas vidas. Outros ganham 50 bilhões, como Eike Batista, e trabalham dia e noite para chegar aos 100 bilhões. Jorginho, um amigo aqui do bairro, por exemplo, fez o inverso dos exemplos negativos citados: pegou quase todo o dinheiro que ganhou na Telexfree e aplicou na construção de casas populares para vender pela Caixa. Ademais, quem ganha mais dinheiro consome mais: comidas, roupas, carros etc. Quem vai investir na produção? Gente como eu, que não se conforma em ganhar R$ 800 ou R$ 8.000,00; gente como Eike Batista, que não se conforma em ganhar apenas 50 bilhões. Quem vai querer trabalhar nos serviços braçais? Inventem máquinas! Também não acho justo que o homem que extraiu o silício do PC em que escrevo agora tenha ganhado R$ 678,00 por 176 horas trabalhadas, escavando a terra. Não se pode também atribuir (sem estudos aprofundados) a crise do comércio local à Telexfree. Agricultores perderam suas propriedades para os bancos por causa da seca, o gado morreu de fome e sede, os grãos acabaram, a corrupção desviou os incentivos...
Concordaria quanto à questão moral e ética se o sujeito entrasse no negócio na certeza de estar entrando numa pirâmide financeira. Já falei, de forma modesta, da sustentabilidade e da legalidade.
    
 3)   “Mas o descuido (ou seria intenção) aqui não das pessoas, e sim da própria empresa, que deliberadamente não divulga estas informações com o devido destaque...”
Talvez não divulgue pelos mesmos motivos que os bancos não divulgam onde aplicam nosso dinheiro, nem quanto ganham com ele.

 4)   “O sistema, em sua configuração atual, está fadado ao colapso.”
O desafio de qualquer negócio é as receitas superarem as despesas. Em minha opinião, as aplicações que a Telexfree estava fazendo (Compra da VOXBRAS, hotelaria, investimentos em suplementos alimentares etc.) estavam dando sustentabilidade ao negócio.

 5)   “Concordo totalmente e tenho esperança de que este sistema financeiro sanguessuga seja desafiado um dia, mas não para ser substituído por um equivalente.”

Pois é. Penso que para isso tem-se que tentar mudar. Errando, consertando os erros, aprendendo. (Sobre o tema em debate, talvez a criação de uma legislação regulamentadora específica seja um bom caminho). Nada nasce perfeito. Sabemos apenas o que é imperfeito (o sistema financeiro). Não sabemos qual a solução para a injustiça social que ele gera. Talvez empresas como a Telexfree, melhoradas e aperfeiçoadas, sejam um caminho para deixar as riquezas produzidas pelo povo com o povo.

ROGÉRIO ALMEIDA:


Marcelão, você, como sempre, enriquecendo o debate com informações certeiras. Pra não repetir todo o teu texto, vou respondê-lo em um único bloco, ok?

Quando afirmo a ilegalidade da empresa, quando aponto o mal que ela causaria se continuasse a crescer e até mesmo quando falo da incompatibilidade de suas práticas com princípios morais, enfim, em todas as críticas que faço, recorro a um elemento-chave: a insustentabilidade da empresa sem as adesões de divulgadores. Nada do que digo faria sentido se ela fosse satisfatoriamente refutada. Trocando em miúdos, a tua crença e o meu ceticismo se baseiam neste aspecto crucial do debate. Infelizmente não tenho acesso a números concretos para comprovar minhas suspeitas, e como ninguém parece tê-los, atingimos um ponto no debate em que não há como avançar em direção à verdade. Até o momento ninguém apresentou esses dados. Se alguém o fizer, terei prazer em retomá-lo. Aliás, não o estou dando por encerrado! Continuo à disposição de quem quiser para eliminar qualquer dúvida quanto às minhas contribuições nesta discussão.

A tua pergunta sobre os motivos do Estado para receber os impostos e depois investigar a empresa é extremamente pertinente. Gostaria de poder respondê-la, mas, de novo, não temos acesso a todas as informações.

Quanto a esse Jorginho, ele é O cara! Se o grosso da população tivesse a sua inteligência, eu teria deixado de fazer metade das minhas críticas. Infelizmente sabemos que empreendedorismo não ficou pra qualquer um. Basta olhar o exemplo que você deu do Bolsa Família pra saber que a Telexfree jamais serviria de motor para a economia.

Bom, Marcelão, acho que agora só resta agradecer pela tua participação e pelas informações valiosas que dividiu com a gente. Esperei com ansiedade cada resposta e aprendi bastante ao devolvê-las. Um forte abraço, meu velho!

MARCELO PINHEIRO:

Rogério (Rogerinho para Tami e Gilberto - hauhauahu), ontem, enquanto eu e Gilberto fazíamos a velha caminhada, comentei com ele o seguinte: “...acho muito pertinentes as considerações e o ponto de vista de Rogério”. Eu passei mais de um ano criticando o negócio, exatamente com os mesmos argumentos dos quais você agora se utiliza. Porém, o tempo foi passando, muitos foram ganhando dinheiro (Inclusive quem ganhou mais foi o Estado que agora a persegue – Apenas em março de 2013 foram 59 milhões de reais.), a Telexfree foi ampliando suas aplicações para além do Voip, a Justiça Federal do Goiás concedeu uma liminar favorável etc., daí comecei a conceber (e continuo acreditando nisto) que ela estava migrando  da insustentabilidade para a sustentabilidade. 

Tenho dinheiro lá e não me lamento por isso. Apliquei-o consciente dos riscos.
Agora se eu pudesse colocar alguém no banco dos réus este seria o próprio Estado. Se a empresa nasceu e cresceu, escondendo uma ilicitude, a culpa não é de quem entrou no desejo de ganhar dinheiro, mas do Estado que não impediu seu nascimento, que alimentou o sistema por quase dois anos, recebendo impostos, concedendo liminar através do Estado-Juiz. Depois de todo este tempo, o Estado vem agora com R$ 100 milhões no bolso alegar ilicitude. É revoltante! Não estaríamos sequer gastando tempo agora, discutindo, se houvesse regulamentação, se as coisas no Brasil funcionassem. Querem jogar o bebê fora junto com a água suja do banho simplesmente porque não sabem o que fazer com ambos.

De uma coisa estou certo: as relações comerciais, empresariais e financeiras estão crescendo em complexidade no mesmo ritmo exponencial da tecnologia e se o Estado continuar tão incompetente em regulamentá-las ou dirimi-las quanto neste caso, estaremos todos entregues à completa insegurança jurídica e para isto não importará de que lado possamos estar.

Rogerão, foi uma satisfação debater com você. É sempre bom um debate neste nível, com sinceridade e respeito. Parabéns e obrigado!

12 comentários:

  1. sera que a matemática básica morreu

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  2. A prudência orienta para que não se coloque panelas de barro junto com panelas de ferro para viajar em cima de caminhão em estrada esburacada. Quem sou eu para entrar num debate entre pessoas preparadas? Mas, como não sei ficar omisso, digo apenas o seguinte: o que esperar de um sistema de produção onde o móvel central é o lucro? E lucro não tem escolha.

    Mauricio Anísio.

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  3. Não sei pq algumas pessoas que não investiram como esse Rogério ficam tão incomodados e tãooo "preocupados" com o dinheiro dos outros. Meu amigo se você não investiu e não ganhou e nem perdeu, vá tratar da sua vida que é melhor.

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  4. Que coisa maravilhosa ler o pensamento dos doutores da Lei, em abordagens de um determinado tema. Cita teorias do aprendizado do abc de forma brilhante. Na atualidade estar em evidência a febre do marketing de rede. No meu ponto de vista, é sábio, extraordinário, aplauso a estes idealizadores, que aproveitando o sistema de produção, citado de forma categórica, sem arrodeio, pelo o nobre Maurício Anísio. Eu como não desenvolvi no abc, e não tenho conhecimento de coisa moderna, sigo a risca a regra da vovozinha: MELHOR TER UM PÁSSARO NA MÃO, DO QUE DOIS VOANDO. A vovozinha também dizia-me: "MEU NETO, DESCONFIÁ DE GRANDE OFERTA, ESMALA GRANDE, ATÉ O CEGO DESCONFIA".

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  5. Oi, Karla! Valeu pelo conselho, mas caso você não tenha percebido, é justamente isso que estou fazendo: tratando da minha vida. Não quero viver num país que não sai do lugar, não se desenvolve econômica e intelectualmente por culpa de uma economia travada por esse tipo de negócio. Quero chegar em Santa Cruz e ver mil pequenos e médios negócios surgindo, com criatividade, inovação e bons serviços. Quero ver as pessoas, especialmente meus amigos, voando alto e vivendo bem de seu trabalho honesto. Não quero vê-los dependendo de uma empresa que... bom, releia o debate e vc entenderá o que quero dizer. Mas se precisar, é só avisar que eu tentarei reformular pra não deixar dúvidas. Um abraço e sucesso em sua carreira de enfermeira!

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  6. Francisca Joseni dos Santos4 de julho de 2013 às 16:21

    Não apliquei dinheiro em nenhum destes "sistema financeiros" que estão sendo posto à prova no País por diversos motivos, entre eles, não acreditar neste tipo de empreendedorismo que a riqueza fica na mão de poucos e não uma justa partilha para todos. Li com bastante interesse a discussão aqui posta por estes dois debatedores de alto nível além de ler algumas notícias publicadas em outros portadores de leituras por gostar de conhecer o desconhecido. O intrigante me instiga. Apesar de não concordar com este tipo de investimento fico deveras preocupada com àquelas pessoas que chegaram ao ponto de se desfazer dos seus bens na usura do ganho fácil. E, como Rogério Almeida - não com a sua veemência e conhecimento de causa - também estou cuidando da minha vida porque eu também quero um país com desenvolvimento integral e este desenvolvimento passa pela economia e pelo poder de conhecimento que cada um adquire e sua consequente aplicação no dia-a-dia com ética e retidão, só assim se alcança a tão sonhada cidadania.
    Francisca Joseni dos Santos - Professora

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  7. Marcelo, vc vinha até mantendo o fair play, mas expor a minha intimidade com Gilberto aqui no blog foi um baita golpe baixo, hein!!! E se Tami fica sabendo dessa?! hahahahaha

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  8. Nilson Rocha

    Eu acho interessante e ao mesmo tempo contraditório, o fato de muita gente acreditar em grandes evoluções, principalmente na área econômica, e viverem sempre com o pé atrás em relação às novidades que surgem a cada dia, e ainda mais com o avanço da tecnologia. Sempre desconfiados e com medo de se expor a riscos, sendo que os riscos fazem parte em todo e qualquer empreendimento.
    O caso do marketing multinível é uma realidade que chega ao mercado com muita força, o que é inevitável em nossos tempos modernos, de século XXI.
    -Muito cuidado com o juízo temerário.
    Cabe ao investidor interessado na ingressão a nova modalidade e tendência de negócios propostos por uma empresa, avaliar e estudar cuidadosamente, com atenção voltada aos mínimos detalhes, buscando sempre a comprovação de sua idoneidade e comprometimento com o retorno e rendimentos satisfatórios e favoráveis ao seu capital.
    É também aconselhável a não dar muita importância a especulações de terceiros, e principalmente, a quantidades inúmeras de informações que circulam na internet através de blogs e redes sociais, que podem ser positivas ou negativas, verdadeiras ou falsas.
    Tomado todos esses cuidados não há porque viver atrelado ao passado das incertezas e obscuridades da vida. Bom mesmo é ser feliz. (rsss)
    Para que me submeter a fardos e fadigas seu eu puder prudentemente me suster com tudo o que há de bom e do melhor por capacidade atribuída ao meu intelecto? Desde que seja dentro dos padrões corretos não há mal nenhum.

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  9. Oi Nilson, preciso admitir que sou leiga no que se diz respeito ao setor economico e muito mesmo nesse tal de marketing multinivel, mas 'e bem logico observar o fim dessa "onda" (entre outras) chamada telexfree. Assim como a matematica 'e certa, estar bem evidente que mais cedo ou mais tarde esse negocio quebrara', nao 'e sustentavel..... nao tem logica. E se isso seguir avante....nossa! Nao quero nem ver aonde isso vai parar. Inumeras pessoas que seriam prejudicadas..... Ok, sim! Ate agora estava dando certo e muita gente se dando bem, mas chegaria a um ponto que o posso esgotaria, os investidores acabariam... e ai'? Ja' pararam para imaginar o tamanho do prejuizo?? Quanta gente prejudicada?? Porque o dinheiro que se ganha com a telexfree nao vem da venda ou do cosumo de um produto nao. Vem daquele pai de familia que vendeu sua carroc,a pra investir, vem daquele que vendeu sua vara de pescar, daquele que fez emprestimo, 'e com esse dinheiro que se pagar aos "participantes" desse negocio. Concordo com vc no referente "riscos fazem parte do negocio", de fato riscos fazem parte da nossa vida, mas temos que ser realistas. Dinheiro facil nao existe, nao 'e digno e nao tem valor. Valor se constroi com luta e suor. Ou entao nao entendo o mundo: Por que nao se fabrica dinheiro suficiente para todas as pessoas viverem bem e a coisa ta resolvida. (Ja' disse: setor economico nao e' meu ponto forte ).

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  10. minha opinião pra quem não entrou. com todo repeito: 1º A pessoa já tem demais, não precisa ganhar. 2º é liso não tinha dinheiro pra entrar e fica despeitado por que não estava ganhando. e ficou feliz com a situação atual.

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